"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 10 de janeiro de 2015

MOMENTO DE COERÊNCIA

Jihadistas são mais nocivos ao Islã do que caricaturas, afirma líder do Hezbollah

hassan_nasrallah_06 Chefe do Hezbollah xiita libanês, Hassan Nasrallah disse nesta sexta-feira (9) que os jihadistas que realizam atentados são mais nocivos para o Islã do que as obras que fazem piada com Maomé, sem se referir, no entanto, ao ataque contra ao jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris.

“Neste momento, é mais do que nunca necessário falar do profeta devido à conduta de alguns grupos terroristas que reivindicam defender o Islã”, afirmou Nasrallah, cujo partido xiita combate os movimentos jihadistas sunitas na Síria, ao lado do ditado de Bashar al-Assad.

“Através de seus atos imundos, violentos e desumanos, estes grupos atentaram contra o profeta e os muçulmanos mais do que fizeram seus inimigos (…) mais que os livros, os filmes e as caricaturas que injuriaram o profeta”, acrescentou o chefe do Hezbollah, em seu costumeiro discurso televisivo semanal.

“Os piores atos são os que prejudicaram o profeta em sua história”, prosseguiu Nasrallah. Ele referia-se, sobretudo, ao famoso romance de Salman Rushdie, “Os Versos Satânicos”, pelo qual o autor foi alvo de uma “fatwa” (pronunciamento legal de um especialista em lei religiosa, sobre um assunto específico) emitida pelo aiatolá Khomeini em 1989; ao vídeo anti-Islã “A inocência dos muçulmanos”, que provocou violentas manifestações no mundo muçulmano em 2012; e às caricaturas de Maomé publicadas em um jornal dinamarquês em 2005 e republicadas pela revista Charlie Hebdo.

Nasrallah não mencionou ou condenou o ataque contra ao jornal Charlie Hebdo que deixou doze mortos na última quarta-feira (7), em Paris. Durante a crise das caricaturas do jornal dinamarquês, o Hezbollah, como muitos partidos islâmicos, condenou os desenhos e convocou manifestações.
Nasrallah se referiu, no entanto, à França ao afirmar que após as atrocidades cometidas pelos jihadistas em Síria, Iraque, Líbano, Paquistão, Afeganistão e Iêmen, “o flagelo alcançou agora os Estados que exportaram (estes extremistas) para nossos países”.
Muitos membros de grupos jihadistas na Síria e no Iraque são ocidentais, entre eles franceses, americanos e britânicos.

Apoiado por Teerã, o Hezbollah xiita, que se tornou conhecido por seus sequestros de ocidentais nos anos 1980 no Líbano, está em guerra contra os rebeldes e jihadistas na Síria, alegando que defende o Líbano contra o extremismo. (Com AFP)

10 de janeiro de 2015
ucho.info

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