Mesmo que o governo consiga fazer superavit primário de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) ao ano para pagar juros, a dívida bruta continuará subindo. É possível que já ao fim de 2016, atinja 65% do PIB. Em 2011, quando Dilma tomou posse para o primeiro mandato, essa relação era de 53%.
A dívida cresceu na mesma proporção que o governo passou a usar truques contábeis, a injetar recursos nos bancos públicos e a gastar sem constrangimento para tentar tirar o PIB do atoleiro.
Quando avaliam nos nomes dos possíveis sucessores de Guido Mantega no comando do Ministério da Fazenda, as agências de classificação de risco dizem ver o economista Nelson Barbosa como “mais do mesmo”. Acreditam que, em um primeiro momento, ele até demonstrará disposição para mudar a rota da política econômica. Mas será atropelado pela presidente Dilma pouco tempo depois.
A boa notícia em relação a Nelson Barbosa, no entender de economistas e das agências de risco, é que ele já avisou que, se convidado por Dilma, não assumirá o Ministério da Fazenda com Arno Augustin no Tesouro Nacional. O problema é que Augustin talvez seja ainda mais perigoso estando, diariamente, ao lado da presidente da República no Palácio do Planalto, como seu assessor direto.
LISA, A PESSIMISTA
Dos representantes das agências de riscos que participaram de rodadas de conversas com economistas brasileiros nos últimos dias, quem é mais pessimista em relação ao país é a analista analistas de mercado e integrantes das agências de classificação de risco se dLisa Schineller, diretora para a América Latina da Standard & Poor’s. Ela não se convence de que há uma nova Dilma.
15 de novembro de 2014, DIA DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
Vicente Nunes
Correio Braziliense
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