O executivo da Toyo Setal Júlio Camargo, que decidiu fazer acordo de delação premiada, confessou o pagamento de US$ 8 milhões para obter contratos para fornecimento de sondas de perfuração para Petrobras.
O suborno teria sido pago para um representante da Diretoria Internacional da Petrobras. De 2004 a 2012, período sob investigação, a Diretoria Internacional foi ocupada por Nestor Cerveró e Jorge Zelada.
A propina teria sido paga por intermédio do lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, que está foragido.
O suborno teria passado pelas contas de Techinis Engenharia e Consultoria S/C Ltda. e Hawk Eyes Administração de Bens Ltda, empresas de Fernando Baiano. “Júlio Camargo ainda relata, em detalhes, episódio de pagamento de propinas por intermédio de Fernando Soares à Diretoria Internacional da Petrobrás, na aquisição de sondas de perfuração pela Petrobrás”, diz relatório da investigação obtido pelo GLOBO.
O relatório da Polícia Federal indica ainda que a Toyo Setal pagou propina ao ex-diretor de serviços Renato de Souza Duque, preso na Operação, e ao ex-gerente da área Pedro Barusco. A propina é relativa a obras da Petrobras.
A base da acusação são depoimentos de Julio Camargo e Augusto Ribeiro de Mendonça Neto.
INFORMAÇÕES DETALHADAS
“Os depoimentos transcritos são bastante detalhados, revelando pagamentos de propinas em diversas obras da Petrobras, como na REPAV, Cabiúnas, COMPERJ, REPAR, Gasoduto Urucu Manaus, Refinaria Paulínea, a Renato Duque e ainda a gerente da Petrobras de nome Pedro Barusco, com detalhes quanto ao modus operandi e as contas no exterior creditadas”, diz a PF no relatório.
15 de novembro de 2014, DIA DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
Jailton de Carvalho
O Globo
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