BRASÍLIA - Aécio Neves saiu bem do primeiro turno, como a grande novidade, e abriu bem o segundo, ultrapassando numericamente Dilma no primeiro Datafolha. A reviravolta desta segunda (20) vem numa hora muito ruim para o tucano --a hora da consolidação dos votos.
Essa pesquisa:
1) mostra que os ataques de Dilma estão dando certo;
2) pode mover milhões de indecisos ou votos infiéis pelo país afora. A dias da eleição, o ímpeto é votar em quem está na frente.
A campanha de Aécio estima crescer e até ultrapassar Dilma em Estados chaves como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, além de reduzir bastante a vantagem em Pernambuco, onde o tucano conquistou o apoio da viúva, dos filhos e dos aliados de Eduardo Campos.
É nesses quatro focos que Aécio pensa contrabalançar a desvantagem no Norte e Nordeste, redutos petistas, mas a estratégia parte da premissa de que os votos nos demais Estados estão cristalizados. Estão?
Dilma investe nos mesmos quatro --MG, RJ, PE e RS--, mas não descuida daqueles em que o PT é forte e nos quais ela já saiu vitoriosa no primeiro turno. Além de evitar a sangria em redutos que podem oscilar, como o Rio, quer se fortalecer (ou enfraquecer Aécio...) onde ela já é forte.
O interessante é que São Paulo, maior colégio eleitoral do país, entra de forma enviesada, mas é central na estratégia.
É a maior vitrine da campanha de Aécio (que passou a se referir a Alckmin e a Serra nos debates), mas começou a ser também uma perigosa vidraça, por causa da crise da água. O confronto de Dilma não é mais com o governo FHC, é com o governo do PSDB em São Paulo, bem mais atual, convenhamos.
A campanha petista tem rumo, sabe aonde quer chegar e não tem o menor prurido de usar todo e qualquer meio para chegar lá. Está bem mais difícil dar certo com Aécio do que deu com Marina. Mas, com empate técnico, esses últimos dias serão de vida e morte. Sai de baixo!
Essa pesquisa:
1) mostra que os ataques de Dilma estão dando certo;
2) pode mover milhões de indecisos ou votos infiéis pelo país afora. A dias da eleição, o ímpeto é votar em quem está na frente.
A campanha de Aécio estima crescer e até ultrapassar Dilma em Estados chaves como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, além de reduzir bastante a vantagem em Pernambuco, onde o tucano conquistou o apoio da viúva, dos filhos e dos aliados de Eduardo Campos.
É nesses quatro focos que Aécio pensa contrabalançar a desvantagem no Norte e Nordeste, redutos petistas, mas a estratégia parte da premissa de que os votos nos demais Estados estão cristalizados. Estão?
Dilma investe nos mesmos quatro --MG, RJ, PE e RS--, mas não descuida daqueles em que o PT é forte e nos quais ela já saiu vitoriosa no primeiro turno. Além de evitar a sangria em redutos que podem oscilar, como o Rio, quer se fortalecer (ou enfraquecer Aécio...) onde ela já é forte.
O interessante é que São Paulo, maior colégio eleitoral do país, entra de forma enviesada, mas é central na estratégia.
É a maior vitrine da campanha de Aécio (que passou a se referir a Alckmin e a Serra nos debates), mas começou a ser também uma perigosa vidraça, por causa da crise da água. O confronto de Dilma não é mais com o governo FHC, é com o governo do PSDB em São Paulo, bem mais atual, convenhamos.
A campanha petista tem rumo, sabe aonde quer chegar e não tem o menor prurido de usar todo e qualquer meio para chegar lá. Está bem mais difícil dar certo com Aécio do que deu com Marina. Mas, com empate técnico, esses últimos dias serão de vida e morte. Sai de baixo!
21 de outubro de 2014
Eliane Cantanhede, Folha de SP
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