"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O FOCO É A DILMA


 
A pancadaria não cessa, a boataria é uma constante nas redes sociais e as inserções no espaço eleitoral da candidata Dilma Rousseff contra Marina Silva  são apelativas, deseducadas e -  por pouco - criminosas. Por incrível que possa parecer Marina resiste aos fortes ataques dos bocas alugadas da mídia, dos militantes esquizofrênicos, dos blogueiros vendidos e dos políticos larápios da coligação que apoia a candidata do PT.
 
Na última pesquisa IBOPE, Marina perdeu 1 ponto em primeiro turno, Dilma caiu 3 e Aécio – correndo por fora – subiu 4 pontos. Um dado importante: Dilma conta com 12 minutos de horário eleitoral para bater e desconstruir  Marina Silva e Aécio Neves.
Já a candidata do PSB tem a seu favor apenas 2 minutos para responder aos ataques da petista e explicar suas inconsistências.  
Aécio surge como uma terceira via confiável e segura, com quadros qualificados para governar e uma considerável base parlamentar. Os números estão aí: Aécio cresceu tirando votos (3%) da candidata petista, enquanto Marina permanece estável oscilando apenas 1 ponto para menos.
 
O rolo compressor do PT não surtiu o efeito esperado. A conclusão é mais do que óbvia: se Aécio pretende chegar ao segundo turno o foco é Dilma Rousseff e não Marina Silva. O tucano deve insistir que é o nome mais qualificado e seguro para reconstruir o país, trazendo com isso os indecisos para o seu lado. Se aqueles que não sabem até agora em quem votar, são eleitores que esperam alguma coisa de concreto dos candidatos. 
 
Aécio tem o que oferecer a esses eleitores, com dois mandatos exitosos em Minas Gerais e uma extensa fila de obras importantes nas diversas áreas em que o Estado atua. Aécio tem que insistir que pode fazer pelo Brasil o que fez nesses últimos anos para os mineiros.
Na outra ponta, Aécio precisa atacar a candidata petista e o seu desgoverno nesses 4 anos em que transformou o Brasil em terra arrasada: inflação nas alturas, crescimento medíocre, corrupção, carga tributária obscena, juros extorsivos e desesperança com o futuro do país. E dizer mais, questionando por que Dilma não mudou se tinha tudo a seu favor para fazer as mudanças que o povo deseja? Incompetência pura. 
 
As campanhas dos candidatos petistas para os governos estaduais e senatoria não têm o mínimo pudor em esconder a estrela e a cor vermelha, símbolos do PT. Se escondem é porque o povo não suporta mais o petismo à frente da coisa pública. Assim, Aécio tem que demonstrar que é melhor qualificado do que Dilma para governar o Brasil e que o PT perdeu o prazo de validade. Trombetear que o PT é o culpado por tudo que está aí.
 
Ora, se Aécio conseguir que parcela importante dos indecisos opte pelo seu nome e que possíveis eleitores de Dilma repensem e vejam no senador mineiro o protagonista de uma mudança segura e confiável, Aécio pode virar o jogo e chegar ao segundo turno.
Aí, minha gente, será outra eleição com tempos iguais de horário eleitoral e a bandalheira da Petrobras ocupando as páginas dos jornais diários e das revistas semanais. E deixar que Dilma cuide de Marina Silva, tirando um ou outro pontinho.
 
19 de setembro de 2014
Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em Direito

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