"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Propina que Paulo Roberto Costa admitiu ter recebido por Pasadena derruba tese de “nada sabia” no governo


 
 
Nenhuma decisão que envolva grande volume financeiro é tomada na Petrobras sem que o Presidente da República tome conhecimento. Por isso, o Presidentro eterno Luiz Inácio Lula da Silva e a Presidenta Dilma Rousseff sabiam de tudo, muito mais, e devem ser responsabilizados por atos equivocados tomados pela direção executiva e pelos conselhos de administração ou fiscal. Investidores usarão tal argumento básico para processá-los em Nova York, em cuja bolsa de valores a Petrobras negocia suas ações e onde os políticos brasileiros corruptos não tem influência para garantir sua impunidade ampla, geral e irrestrita, diante de um judiciário lento, covarde ou omisso.
 
A situação de Dilma é ainda pior por três motivos: ela presidiu o conselhão da estatal na gestão Lula e, quando assumiu, indicou sua amiga pessoal, Maria das Graças Foster, para manter o controle sobre as decisões na empresa – antes comandada por José Sérgio Gabrielli, homem de confiança de Lula, da mesma forma como era o agora vilão-mor Paulo Roberto Costa. Não é surpresa alguma, como revelou ontem o Jornal Nacional da Rede Globo, que “Paulinho” (como Lula o tratava) tenha confessado, na delação premiada, ter recebido R$ 1,5 milhão em propina pela compra da refinaria Pasadena, no Texas, EUA. É surpreendente e uma mega imbecilidade supor que só ele tenha levado vantagem na operação.
 
Assim que for politicamente conveniente, o Supremo Tribunal Federal será obrigado a avaliar as bombásticas delações de “Paulinho”, já que ele denunciou um grupo de políticos (com o absurdo direito a foro privilegiado) que recebiam propinas dos superfaturamentos em contratos da Petrobras com empreiteiras. O ministro Teori Zavascki é quem terá o espinhoso papel de determinar quem deve ser processado no STF.
A aposta em Brasília é que a lista será influenciada pelo resultado eleitoral. Se os governistas vencerem a reeleição, a pizza de sempre vai para o forno. Se Marina ganhar, o pedaço de pizza sairá mais caro nas negociações de bastidores. Só se o Aécio vencer – e a chance disso parece cada vez mais remota, pela evidente sabotagem sofrida pela campanha do tucano -, o caso Petrobras pode ir adiante. Em um eventual novo governo petista – com Dilma ou na versão repaginada com Marina -, a impunidade é bem previsível.
 
Até Lava Jato pode acabar impune, no final das contas. Não basta a disposição do juiz Sérgio Fernando Moro em julgar e condenar os corruptos comprovados. Os infindáveis recursos processuais da legislação brasileira em vigor sinalizam que nada se resolve em menos de 10 ou 15 anos. Portanto, o crime terá compensado, quando alguma sentença conseguir transitar em julgado. Os advogados dos réus vão exercitar seu direito a recorrer até a última instância. Tendo políticos poderosos envolvidos no caso, que vai avançar ou parar no STF, a chance de impunidade final é gigantesca. Vide o Mensalão – que só tem Marcos Valério efetivamente programado para ficar muito tempo na cadeia, como bode expiatório-mor. Os demais já estão ou logo ficarão soltos – gozando da cara da maioria dos brasileiros otários.
 
Tudo negado
 
Grande dúvida
Será que, até o primeiro turno, estoura alguma bomba sobre o mensaleiro Henrique Pizzolato – que continua preso na Itália?
 
O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil teria muito a acrescentar não só sobre o mensalão, mas também sobre os esquemas que a Lava Jato investiga.
 
Até porque o poderoso Paulo Roberto Costa – que não era diretor financeiro da Petrobras - controlava 1.832 contas correntes da empresa no mesmo Banco do Brasil...
 
Dividido


Juro não votar no PT


A dica é dos universitários… Pergunte para eles…

Perdendo a boquinha


19 de setembro de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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