"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

DILMA LANÇA PACOTE DE INCENTIVO AO ENDIVIDAMENTO PARA MASCARAR A RECESSÃO

                         É compra explícita de votos.
 
Às vésperas da divulgação de dados que podem apontar recessão em plena campanha eleitoral, o governo Dilma Rousseff lançou um pacote de estímulo ao crédito. Anunciadas em sequência pelo Banco Central e pela Fazenda, as medidas combinam injeção de dinheiro no sistema bancário, afrouxamento dos controles para a concessão de empréstimos e normas voltadas para o financiamento de imóveis e veículos. 
 
Pelos cálculos oficiais, a oferta de crédito pode ser elevada em R$ 25 bilhões. Os bancos comemoraram as medidas, que devem melhorar o "ambiente para o crédito no país", mas avisaram o governo que elas não terão efeitos significativos no curto prazo. Motivos: o cenário de incerteza eleitoral e a pouca disposição dos consumidores de contrair dívidas. 
 
O Palácio do Planalto também não conta com impactos imediatos, mas seu objetivo é mostrar que não está paralisado diante da retração na economia, que pode afetar a imagem da presidente Dilma.
No mês passado, o BC já havia promovido uma ampliação ainda mais ambiciosa, de R$ 45 bilhões, mas ao menos um terço do dinheiro não ingressou no mercado. 
 
A intenção do governo é clara: desmontar restrições ao crédito adotadas nos últimos anos para proteger a solidez do sistema bancário e, também, ajudar no controle do consumo e da inflação.Do pacote desta quarta-feira (20), R$ 10 bilhões virão da redução do volume de dinheiro que os bancos são obrigados a manter depositado no BC; outros R$ 15 bilhões são esperados com o abrandamento de exigências de cautela nos financiamentos. 
 
Desde o fim do governo Lula, os bancos brasileiros vinham trabalhando com regras mais rígidas --na forma de capital mínimo em garantia das operações-- que as adotadas em convenções internacionais. Agora, essas travas foram retiradas. O BC aproveita uma trégua --temporária ao menos-- da inflação, que perdeu fôlego com a piora da economia. 
 
Para analistas, números que serão divulgados na próxima semana podem mostrar retração nos dois primeiros trimestres do ano. Uma das principais marcas da administração petista, a expansão do crédito ajudou a impulsionar o consumo e a economia no segundo governo Lula. Com Dilma, porém, o ritmo diminuiu. Desde o início deste ano, o volume total de empréstimos oscila em torno de 56% do PIB, ou R$ 2,8 trilhões em junho.
 
(Folha)

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