Os marqueteiros da candidata Dilma Rousseff perderam uma boa oportunidade de ficarem calados. O programa eleitoral do PT, na verdade peça de propaganda para a reeleição da sua candidata à presidência, foi de um descaramento e tanto. O mau gosto prevaleceu, a verdade foi deturpada e o terrorismo barato foi a tônica da ladainha petista no horário eleitoral gratuito na última quinta-feira.
Um Lula exaltado – quase que perdendo totalmente a compostura – feito um biruta de aeroporto, que oscila ora para um lado ora para outro, sugere que os petistas que cometeram falcatruas devem pagar pelos malfeitos. A bancada petista na Papuda não deve ter gostada nem um pouco da sinceridade do guru da seita.
Quando estourou o escândalo do mensalão, Lula afirmou categoricamente que o seu partido devia desculpas à sociedade pelas malfeitorias praticadas e que se sentia traído. Até hoje foi incapaz de dizer os nomes dos traíras.
Mais tarde, emparedado pelos mensaleiros, passou a defender a tese de que o processo que condenou pesos pesados do petismo tinha sido um julgamento 80% político. Até hoje foi incapaz de dizer qual o método científico que utilizou para chegar a esse percentual.
O partido da esperança está com medo, o Lulinha paz e amor se transformou num homem raivoso e destemperado, incentivando os torcedores a se deslocarem até aos estádios montados em jumentos. A falta de infraestrutura trará o caos nos dias dos jogos. As manifestações populares contra os gastos obscenos destinados aos preparativos para a Copa do Mundo batem às portas do governo e atingem a imagem de gestora implacável da presidente Dilma.
Os hospitais públicos são depósitos de uma população doente jogada à própria sorte. Pessoas morrem diariamente nos corredores dos hospitais da rede pública por falta de atendimento. O que se discute é o presente de um País que há 12 anos deu um passo em falso, cujo povo foi ludibriado por falsas promessas.
O que se pretende é um futuro seguro com mudanças que assegurem aos brasileiros uma vida com um mínimo de qualidade. O que o povo deseja é poder sair às ruas e ter a certeza de que voltará são e salvo para o convívio familiar. O que se quer é um país de governantes que não sejam cúmplices de políticos travestidos de assaltantes dos cofres públicos.
Mais de 70% dos brasileiros desejam mudanças sim, porque o presente não lhes satisfaz. E são esses 70% que rejeitam tudo que aí está e apostam num salto de qualidade para um futuro melhor, sem o monstro da inflação a atormentar.
Nunca se roubou tanto quanto hoje em dia. Se investigações ocorreram devem-se em grande parte à vigilância dos meios de comunicação.
As últimas pesquisas de opinião que mostram o desgaste do lulopetismo e a queda de aprovação da presidente Dilma amedrontam a cúpula partidária. O medo tomou conta dos apoiadores da candidata Dilma Rousseff.
Muitos partidos estão prontos para abandonar o barco petista. O programa do PT veiculado na quinta-feira é prova de que o governo começa a fazer água.
E, diga-se de passagem, exalando um cheiro ruim.
Aqueles que davam como favas contadas a reeleição da atual presidente chegaram a conclusão que o candidato Aécio Neves está no páreo. E já é visto por uma expressiva parcela dos eleitores como sendo o melhor candidato para fazer as mudanças. Com o menor índice de rejeição entre todos os candidatos, Aécio Neves é a esperança dos que esperam por um Brasil melhor.
17 de maio de 2014
Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em Direito
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