"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 17 de maio de 2014

FANTASMAS DO PRESENTE

Os marqueteiros da candidata Dilma Rousseff perderam uma boa oportunidade de ficarem calados. O programa eleitoral do PT, na verdade peça de propaganda para a reeleição da sua candidata à presidência, foi de um descaramento e tanto. O mau gosto prevaleceu, a verdade foi deturpada e o terrorismo barato foi a tônica da ladainha petista no horário eleitoral gratuito na última quinta-feira.
 
Um Lula exaltado – quase que perdendo totalmente a compostura – feito um biruta de aeroporto, que oscila ora para um lado ora para outro, sugere que os petistas que cometeram falcatruas devem pagar pelos malfeitos. A bancada petista na Papuda não deve ter gostada nem um pouco da sinceridade do guru da seita.
 
Quando estourou o escândalo do mensalão, Lula afirmou categoricamente que o seu partido devia desculpas à sociedade pelas malfeitorias praticadas e que se sentia traído. Até hoje foi incapaz de dizer os nomes dos traíras.
Mais tarde, emparedado pelos mensaleiros, passou a defender a tese de que o processo que condenou pesos pesados do petismo tinha sido um julgamento 80% político. Até hoje foi incapaz de dizer qual o método científico que utilizou para chegar a esse percentual.
 
O partido da esperança está com medo, o Lulinha paz e amor se transformou num homem raivoso e destemperado, incentivando os torcedores a se deslocarem até aos estádios montados em jumentos. A falta de infraestrutura trará o caos nos dias dos jogos. As manifestações populares contra os gastos obscenos destinados aos preparativos para a Copa do Mundo batem às portas do governo e atingem a imagem de gestora implacável da presidente Dilma. 
 
Os hospitais públicos são depósitos de uma população doente jogada à própria sorte. Pessoas morrem diariamente nos corredores dos hospitais da rede pública por falta de atendimento. O que se discute é o presente de um País que há 12 anos deu um passo em falso, cujo povo foi ludibriado por falsas promessas.
 
O que se pretende é um futuro seguro com mudanças que assegurem aos brasileiros uma vida com um mínimo de qualidade. O que o povo deseja é poder sair às ruas e ter a certeza de que voltará são e salvo para o convívio familiar. O que se quer é um país de governantes que não sejam cúmplices de  políticos travestidos de assaltantes dos cofres públicos.
 
Mais de 70% dos brasileiros desejam mudanças sim, porque o presente não lhes satisfaz. E são esses 70% que rejeitam tudo que aí está e apostam num salto de qualidade para um futuro melhor, sem o monstro da inflação a atormentar.
Nunca se roubou tanto quanto hoje em dia. Se investigações ocorreram devem-se em grande parte à vigilância dos meios de comunicação.
As últimas pesquisas de opinião que mostram o desgaste do lulopetismo e a queda de aprovação da presidente Dilma amedrontam a cúpula partidária. O medo tomou conta dos apoiadores da candidata Dilma Rousseff.
 
Muitos partidos estão prontos para abandonar o barco petista. O programa do PT veiculado na quinta-feira é  prova de que o governo começa a fazer água.
E, diga-se de passagem, exalando um cheiro ruim.
 
Aqueles que davam como favas contadas a reeleição da atual presidente chegaram a conclusão que o candidato Aécio Neves está no páreo. E já é visto por uma expressiva parcela dos eleitores como sendo o melhor candidato para fazer as mudanças. Com o menor índice de rejeição entre todos os candidatos, Aécio Neves é a esperança dos que esperam por um Brasil melhor. 
 
17 de maio de 2014
Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em Direito

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