À primeira vista, há quem imagine que o tempo passou rápido demais entre a escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo e o início do Mundial, daqui amenos de um mês, mas não é bem assim. Foi em 2007, e lá se vão sete anos, que a Fifa designou ao país a responsabilidade de receber o maior evento esportivo do planeta.
A nomeação logo foi transformada em peça de propaganda política pelo então presidente Lula, que surfou na onda do mais desbragado populismo triunfalista e anunciou um futuro glorioso coma "Copa das Copas". Cedo ou tarde, no entanto, a falácia lulopetista acabaria desmoronando como um castelo de cartas.
A menos de 30 dias para a bola rolar no ainda incompleto Itaquerão, palco do jogo de abertura, o cenário de descalabro envergonha os brasileiros e constrange o país perante o mundo. Levantamento publicado pela "Folha de S.Paulo" mostra que menos da metade das metas estipuladas na matriz de responsabilidades apresentada pelo Brasil à Fifa foram cumpridas. Das 167 intervenções anunciadas no documento, apenas 68 (41%) foram concluídas a tempo.
Outras 88 (53%) estão incompletas ou ficarão prontas após a Copa, enquanto 11 simplesmente não saíram do papel. Em relação às obras de mobilidade urbana, fundamentais para que as cidades não aprofundem um colapso já existente, somente 10% estão totalmente concluídas. A um mês do campeonato, três dos 12 estádios que serão utilizados sequer foram finalizados (em São Paulo, Curitiba e Cuiabá). A última estimativa sobre o custo das arenas aponta uma acintosa cifra de R$ 8,9 bilhões, mais que o triplo do orçamento inicial (R$ 2,6 bi).
Para se ter uma ideia do tamanho do prejuízo, esse montante é superior à soma do que Alemanha (R$ 3,6 bilhões)e África do Sul (R$3,2bi) gastaram com seus estádios nas duas últimas Copas do Mundo. Ao contrário da promessa de Lula de que o Brasil não gastaria um centavo de dinheiro público, a "Copa das Copas" deve se transformar na mais cara de todos os tempos, tendo consumido mais de R$ 30 bilhões em despesas governamentais.
Além da incompetência do PT, os interesses políticos do ex-presidente e sua incorrigível megalomania levaram o país a ter 12cidades- sedes, e não seis ou oito, o que seria mais racional. É evidente que esse inchaço tornou praticamente inexequível o cumprimento de todas as exigências impostas pela Fifa.
O resultado de tamanho desmantelo, com sucessivos atrasos, é risco iminente de o Brasil ser substituído como sede da próxima Olimpíada, no Rio de Janeiro, como já se começa a especular na imprensa. Ao que parece, o Comitê Olímpico Internacional (COI), que já acendeu sua luz amarela para 2016, é uma entidade um pouco mais séria e menos tolerante coma incúria lulopetista do que a Fifa.
A indignação que tomou conta das ruas em junho de 2013 e já começa a se espalhar novamente às vésperas da Copa é a prova de que a sociedade brasileira não agüenta mais ser enganada. O espetáculo farsesco protagonizado por Lula em 2007, ao vender o Mundial como a solução de todos os problemas do país, foi desmascarado por uma multidão que se revoltou com os bilhões torrados em estádios e exige o " padrão Fifa" em educação, saúde, segurança e no trato como dinheiro público.
Sete anos depois, o sonho de uma grande festa no país do futebol se transformou em pesadelo. Esperamos, pelo menos, que o Brasil seja campeão.
A nomeação logo foi transformada em peça de propaganda política pelo então presidente Lula, que surfou na onda do mais desbragado populismo triunfalista e anunciou um futuro glorioso coma "Copa das Copas". Cedo ou tarde, no entanto, a falácia lulopetista acabaria desmoronando como um castelo de cartas.
A menos de 30 dias para a bola rolar no ainda incompleto Itaquerão, palco do jogo de abertura, o cenário de descalabro envergonha os brasileiros e constrange o país perante o mundo. Levantamento publicado pela "Folha de S.Paulo" mostra que menos da metade das metas estipuladas na matriz de responsabilidades apresentada pelo Brasil à Fifa foram cumpridas. Das 167 intervenções anunciadas no documento, apenas 68 (41%) foram concluídas a tempo.
Outras 88 (53%) estão incompletas ou ficarão prontas após a Copa, enquanto 11 simplesmente não saíram do papel. Em relação às obras de mobilidade urbana, fundamentais para que as cidades não aprofundem um colapso já existente, somente 10% estão totalmente concluídas. A um mês do campeonato, três dos 12 estádios que serão utilizados sequer foram finalizados (em São Paulo, Curitiba e Cuiabá). A última estimativa sobre o custo das arenas aponta uma acintosa cifra de R$ 8,9 bilhões, mais que o triplo do orçamento inicial (R$ 2,6 bi).
Para se ter uma ideia do tamanho do prejuízo, esse montante é superior à soma do que Alemanha (R$ 3,6 bilhões)e África do Sul (R$3,2bi) gastaram com seus estádios nas duas últimas Copas do Mundo. Ao contrário da promessa de Lula de que o Brasil não gastaria um centavo de dinheiro público, a "Copa das Copas" deve se transformar na mais cara de todos os tempos, tendo consumido mais de R$ 30 bilhões em despesas governamentais.
Além da incompetência do PT, os interesses políticos do ex-presidente e sua incorrigível megalomania levaram o país a ter 12cidades- sedes, e não seis ou oito, o que seria mais racional. É evidente que esse inchaço tornou praticamente inexequível o cumprimento de todas as exigências impostas pela Fifa.
O resultado de tamanho desmantelo, com sucessivos atrasos, é risco iminente de o Brasil ser substituído como sede da próxima Olimpíada, no Rio de Janeiro, como já se começa a especular na imprensa. Ao que parece, o Comitê Olímpico Internacional (COI), que já acendeu sua luz amarela para 2016, é uma entidade um pouco mais séria e menos tolerante coma incúria lulopetista do que a Fifa.
A indignação que tomou conta das ruas em junho de 2013 e já começa a se espalhar novamente às vésperas da Copa é a prova de que a sociedade brasileira não agüenta mais ser enganada. O espetáculo farsesco protagonizado por Lula em 2007, ao vender o Mundial como a solução de todos os problemas do país, foi desmascarado por uma multidão que se revoltou com os bilhões torrados em estádios e exige o " padrão Fifa" em educação, saúde, segurança e no trato como dinheiro público.
Sete anos depois, o sonho de uma grande festa no país do futebol se transformou em pesadelo. Esperamos, pelo menos, que o Brasil seja campeão.
17 de maio de 2014
Roberto Freire, Brasil Econômico
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