O governo vem contando com a queda do dólar para reduzir as pressões inflacionárias. Não custa lembrar o que já disse o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini: o impacto do câmbio nos índices de preços tem sido cada vez menor, para o bem ou para ou mal.
Mas não é só: a tendência é de que o rombo nas transações correntes do país com o exterior só aumente, ampliando a necessidade de capital especulativo para fechar as contas. Ou seja, ao menor sinal de mudança nos ventos da economia internacional, o dólar vai subir. E o que era uma boa notícia resultará em sérios estragos.
REZA PELA CHUVA…
Os economistas do Banco HSBC, Constantin Jansco e Priscila Godoy, traçam um quadro pessimista para o Brasil. Alertam que, caso o governo seja obrigado a decretar racionamento de energia, o crescimento da economia neste ano, que eles estimam em 1,7%, será reduzido a zero. Para eles, com a escassez de chuvas, o bom desempenho da agricultura já foi comprometido. Tanto que veem estagnação do setor. Caso a seca que aflige o país não tivesse sido tão severa, o PIB agrícola avançaria 1,9%.
Vicente Nunes
Correio Braziliense
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