"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

CERVERÓ, O COMPRADOR DA REFINARIA SUCATEADA, DESMENTE GRAÇA FOSTER E DIZ QUE FOI UM BOM NEGÓCIO

 
Na sua exposição inicial na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró preferiu não falar sobre o motivo pelo qual omitiu cláusulas contratuais para a compra pela estatal de parte da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Cerveró disse que não tem “relevância” a cláusula Put Option (de saída) e é “inócua” a cláusula Marlim (de rentabilidade) na operação.

Para ele, a compra da refinaria de Pasadena foi um “bom negócio”. Cerveró foi o responsável por apresentar o resumo que a presidente Dilma Rousseff, conforme revelou o Estado, considerou incompleto e que embasou a compra pela estatal da metade refinaria de Pasadena. A então ministra Dilma era presidente do Conselho de Administração da estatal à época da operação. A presidente disse que não aprovaria a operação se soubesse de todas as informações.
 
Embora não tenha declarado por que, segundo Dilma, omitiu tais cláusulas, Cerveró destacou que todas as decisões da Petrobras foram aprovadas pela direção.
O ex-diretor reafirmou nesta quinta-feira, 16, que o custo da metade da refinaria de Pasadena no Texas (EUA), foi de cerca de US$ 360 milhões. Segundo ele, o valor é “muito distante” do que foi divulgado pelo mercado.

“Foi um bom negócio, sem dúvida”, afirmou. Cerveró disse que a cláusula de saída (put option) é comum em qualquer sociedade. “Não tem nenhuma relevância, a minha preocupação é que não há relevância na cláusula de saída”, afirmou.
Segundo ele, ninguém faz uma sociedade para sair dela. “Vocês podem perguntar no mercado. É uma cláusula normal”, destacou.

Segundo o ex-diretor, a cláusula Marlim tinha como objetivo impor o processamento de 70% do petróleo. Cerveró disse que a cláusula era uma defesa para a Astra. Ele afirmou que essa cláusula é estabelecida a partir da seguinte premissa: é colocada uma diferença mínima, porque o petróleo leve é muito mais caro que o pesado.

Por isso, destacou, havia essa remuneração extra de 6,9%. “É uma proteção negociada. Esta cláusula é inócua e não significava nenhum risco para a Petrobras. Não era nenhuma garantia de rentabilidade do sócio, mas uma proteção”, afirmou.

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