"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

COMO A PETROBRAS COMPROU A REFINARIA DE PASADENA SEM FAZER UMA AUDITORIA NA EMPRESA?

 



Pelo que estou entendendo, a Diretoria da Petrobras não contratou uma ou várias empresas de auditoria para fazer “Due Diligence” na Refinaria de Pasadena para confirmar se os dados disponibilizados pelos vendedores eram corretos.

Por sua vez, o Conselho de Administração da Petrobras também não exigiu da Diretoria os relatórios da “Due Diligence” feita por uma empresa de auditoria externa e confiável.

O processo de “Due Diligence” tem variações claras conforme a natureza do negócio e o tamanho da empresa, mas, basicamente, refere-se a questões de ordem financeira, contábil e fiscal, além de aspectos jurídicos societários, trabalhistas, ambientais, imobiliários, de propriedade intelectual e tecnológica.

Enfim, trata-se de um trabalho que deve identificar os ativos e passivos contábeis e jurídicos, permitindo maior segurança na negociação para os compradores, acionistas ou investidores.
Nesse processo, o conhecimento técnico e a atuação ética com garantia de imparcialidade e confidencialidade da empresa contratada é essencial para que a operação seja bem sucedida.

CITANDO UM EXEMPLO

Lembro que durante a década de 90 uma mega multinacional americana resolveu comprar uma fabrica, que era parceira dela há mais de vinte anos, para aumentar os ganhos com a sinergia. Devido a esta longa parceria, confiaram nos dados dos vendedores e compraram a empresa sem fazer “Due Diligence”.

Seis anos depois receberam uma intimação da justiça de que o solo da fabrica, após décadas de operação, estava contaminando e poluindo o lençol freático e que a empresa teria de arcar com todas as despesas para despoluir o terreno da fabrica e o lençol freático.

Resultado: Os diretores da época da aquisição receberam por alguns anos bons “Bônus” pelos ganhos que o grupo obteve com a sinergia. Quando o negócio se tornou centro de despesa e uma grande dor de cabeça, eles já não estavam nos quadros da empresa.

Se compraram a Refinaria de Pasadena no oba-oba, quem garante que o solo dela não está contaminado?
 

 

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