"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 20 de março de 2014

O COMETA PETROBRAS



 
Está cada vez mais difícil para o cidadão brasileiro conviver com as podridões desse governo, que após contaminar todos os ministérios, finalmente, chegou ao Palácio do Planalto. A dona Dilma acaba de tentar justificar o injustificável, ao se referir às falcatruas praticadas na Petrobrás com o aval dela durante o período em que era ministra da Casa Civil (sempre os porões da Casa Civil), e comandava o Conselho de Administração da empresa, para efetivar a compra de uma sucata nos EUA, que valia apenas U$ 42,5 milhões e foi adquirida por nada menos que U$ 1,18 bilhão (R$ 2,76 bilhões).

Não quero pensar em mau caratismo ou em uma cumplicidade para roubar o patrimônio publico e também privado, afinal a Petrobrás é uma empresa de economia mista. Prefiro pensar em incompetência, aliás, a marca registrada do petismo. A "Presidenta" alegou que o material que embasou sua decisão não trazia justamente a cláusula que obrigaria a Petrobras a ficar com toda a refinaria -  a cláusula  Put Option que   manda uma das partes da sociedade comprar a outra em caso de desavença entre os sócios. Uma outra não vista por dona Dilma - cláusula Marlim que garante à ex sócia (a belga Astra Oil)  uma participação de 6,9% ao ano, mesmo que as condições de mercado fossem adversas. Espero que as investigações da Polícia Federal (PF), do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Congresso mostrem além da cláusula Marlim as cláusulas Enchova, Badejo, Camorim, Robalo...enfim que o investidor privado foi roubado.

Vamos depositar nossas esperanças nas investigações da PF e do TCU. Desse Congresso imundo composto, salvo raríssimas exceções, por bandidos da pior espécie, não podemos esperar nenhum ato de brasilidade. O Palácio do Planalto já atravessou a praça dos três poderes e meteu as sujas patas na comissão externa da Câmara dos Deputado que irá investigará as denúncias de corrupção. Conseguiu emplacar cinco picaretas da quadrilha e a oposição, apenas três. Se são oito membros, por que não quatro e quatro? Estão preparando o circo para mais um espetáculo deprimente, desmoralizante e que agride a inteligência de qualquer brasileiro que não faz parte do sistema, que não é bolsa-família e que não tem preguiça de ler.

Para que se tenha uma ideia do que é o "cometa" Petrobrás, analisem a lama na cauda: Dilma Rousseff, na época ministra chefe da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração, hoje, infelizmente, presidente dessa pobre Republiqueta; Antônio Palocci, então ministro da Fazenda, alijado da política por ultrapassar as raias da corrupção institucionalizada; Jaques Wagner, ministro das Relações Institucionais e hoje governador da Bahia; Sérgio Gabrielli, presidente da empresa, hoje secretário de imprensa de Jaques Wagner; Nestor Cerveró, diretor internacional da Petrobrás e indicado para o cargo pelo bandido José Dirceu, na época, já envolvido no mensalão.

Os dois primeiros deputados indicados pela base aliada do governo para a investigação na Câmara são da Bahia. Não precisa mais nada para explicar porque a maior empresa brasileira que valia no mercado internacional U$ 200 bilhões, hoje vale U$ 100 bilhões e deve U$ 100 bilhões.
 
20 de março de 2014
Humberto de Luna Freire Filho é Médico.

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