"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

BOLSA TV, CONSCIÊNCIA CACHÊ


A nota de pesar da “presidenta” ecoou mais forte nos telejornais, reportagens, programas de variedades, policiais, do que a bomba que explodiu na cabeça e a cabeça do cinegrafista Santiago Andrade. Na pirotecnia ideológica das ruas perda de vidas, nas telinhas, ganhos reais (moeda), ficção, ilusionismo. Senso comum como produção de tijolo...

Eis, que a jornalista da Globo News entrevista o professor e advogado criminalista sobre o evento após a prisão do primeiro criminoso confesso. De início ao se referir à prisão temporária, prevista na Lei 7.960/89, lembra que mesmo contrária à Constituição/88, tem inspiração na “ditadura”. Ou seja, enquanto a sociedade clama por mais rigor nas punições e se assusta diante de crimes bárbaros e seus autores quase que imediatamente livres na rua, o especialista opina que o enquadramento feito pelo delegado foi exagerado ou coisa que o valha. Pois, para se valer da lei, considerou haver dolo na ação do “rapaz”, “manifestante”, como foi muito citado.

Dentre as “fundadas razões” para a prisão temporária consta a formação de quadrilha ou bando, não citada. Apenas a entrevistadora nas primeiras perguntas aborda de forma sutil se se caracterizou formação de quadrilha já que o preso disse desconhecer o autor da explosão. Tudo muito angelical.

Alguns posicionamentos do criminalista preocupam como uma possível ação de legítima defesa do manifestante diante do disparo efetuado por PM, ainda que os efeitos se deem sobre uma terceira pessoa presente; no caso o cinegrafista. O fato do manifestante portar o explosivo na mochila não demonstra uma intenção. Será para legítima defesa?

Comentam que ao disparar o rojão rés ao chão não fica nítida a vontade de atingir alguém, como se fosse uma bombinha de são-joão, largada a esmo. Ora, esses artefatos são disparados para o alto com menor risco de atingir os presentes a uma comemoração, festa. Não a essa dissimulação orquestrada.

No meio de tanta gente, dificilmente não surgiria um mártir. Prática dos distúrbios civis provocados pelos mestres e alunos marxista-leninistas. Nos primeiros vídeos, a cena do cinegrafista atingido se dá após o lançamento de um artefato por policial-militar.

Por outro lado, as imagens não demonstram que o alvo do destemperado fosse um policial, nem sob a lente do atingido mortalmente. Legítima defesa contra quem?

Embora, os comentários não sejam de aplausos, e, abordem o enquadramento punitivo de ambos, se abranda a situação dos “coitadinhos”.

Observa-se que o trágico acontecimento não gerou a figura do “mártir”, a recordar a exploração feita quando da morte do estudante Edson Luís, 1968, tido e havido por policiais, quando há versão diferente. Na teoria marxista-leninista, se preciso, facilita-se tal produção. Crianças, mulheres, grávidas de preferência, são a linha de frente. De qualquer modo de início a polícia foi a suspeita... fatos e fotos demonstraram não ser.

Paralelamente, em várias reportagens e entrevistas, pessoas de bem depõem sobre o medo que sentem de comparecer às manifestações pacíficas. O preço da passagem é a grande motivação para o quebra-quebra amedrontador. Corrupção, saúde e segurança, temas contra o governo são abafados.

Mas, como a morte do cinegrafista repercutiu intensamente, pretende-se mais rigor na repressão tão condenada nos casos anteriores, pois faz tempo que vandalismo está em alta. A esquerda é sempre contra, como exclamou senador, acrescentando “... depois da liberdade que conquistamos? Que liberdade? Igual à de Cuba? Do paredón? Modelo e inspiração ainda hoje?

O governo finge que apoia. O ministro da Justiça recebe representantes da ANJ, ABERT e ANER para tratar dos atos de violências contra jornalistas. Comerciantes do Rio pedem mais rigor contra black bloc.

Como explicar? Os comerciantes têm sido os grandes prejudicados diretamente por danos ao patrimônio e perda de faturamento. A população também, mas esta não tem Representantes dignos. Os comerciantes, sim, Fecomercio/RJ, Associação Comercial/SP. Não dá para entender como o vice-governador de SP, com tradição nas atividades comerciais, é ministro da Dilma.

Senta que o Leão é manso...
 
15 de fevereiro
Ernesto Caruso é Coronel Reformado do EB.

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