"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

63% DE ENDIVIDADOS



As famílias brasileiras estão penduradas no cartão de crédito. Dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC) revelam que 75,9% delas têm dívidas com as operadoras do segmento. Comparado a janeiro do ano passado, houve um aumento de quase 2 pontos percentuais.

A modalidade é a que mais causa endividamento no país; em segundo lugar, estão os carnês de lojas do varejo, que respondem por 16% das contas dos consumidores.

O financiamento imobiliário, considerado por especialistas como investimento por ajudar a construir um patrimônio, está no fim da lista dos gastos que mais dominam o orçamento: apenas 7% estão comprometidos com esse tipo de pagamento. O aumento dos juros de operações de crédito, segundo a CNC, fez crescer o número de famílias com débitos.

Em janeiro, 63,4% estavam comprometidas com algum parcelamento. No mês anterior, o número era menor: 62,2%. Ainda assim, a inadimplência (dívida com mais de 90 dias de atraso) permaneceu em baixa. Entre os entrevistados pela entidade, 6,5% declararam não ter condições de honrar os compromissos — comparado a dezembro de 2013, houve um ligeiro recuou de 0,1 ponto percentual.

As expectativas para o primeiro trimestre do ano, no entanto, são de piora no número de calotes. “Durante o ano passado, houve um aumento expressivo de lares endividados, e esse número permanece em um nível elevado”, observou Marianne Hanson, economista da CNC.

VICTOR MARTIN
 Correio Braziliense
24 de janeiro de 2014

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