Nas últimas décadas, o futebol mudou muito, na maneira de jogar e nas transmissões pela TV
Nesta semana, vi dois jogos inesquecíveis, belíssimos, de altíssima qualidade coletiva, individual e de muita competitividade, mostrados pela ESPN Brasil. O primeiro, a derrota do Brasil para a Itália, na Copa de 1982. O segundo, entre Manchester City e Liverpool, pelo atual Campeonato Inglês. São nítidas as muitas mudanças na maneira de jogar das equipes, do passado e do presente. Nada será como antes.
Hoje, há mais disciplina tática, marcação, movimentação e velocidade. Os espaços entre os setores são menores, e existe mais pressão no jogador que está com a bola.
Predomina o passe, embora ainda existam grandes dribladores. O passe representa a técnica, o jogo coletivo e solidário. O drible, a habilidade, a improvisação e o talento individual. Os dois são essenciais.
Hoje, há mais preocupação em dar o passe correto, com a parte interna do pé, de chapa, para não perder a posse de bola.
No passado, era mais comum o passe de curva, de trivela, de rosca, fazendo a bola contornar o corpo do adversário, para cair nos pés do companheiro. Além de eficiente, era mais bonito. Os jogadores arriscavam mais o passe decisivo.
O grande passador é o que sabe o momento exato de dar o passe correto, para não perder a bola, e o momento de surpreender, de arriscar e de colocar a bola entre os defensores, para o companheiro fazer o gol.
Outra grande mudança no futebol foi nas transmissões da TV. No passado, a imagem era muito fechada. Quase só se via o lance e alguns jogadores em volta. Agora, a imagem é bem aberta. Isso é ótimo para ver o conjunto.
Se não fosse isso, teria de assistir a todos os jogos no estádio. Apenas alguns detalhes não consigo ver pela TV, como o posicionamento dos zagueiros quando o time está no ataque. Mas posso deduzir, quando a bola é perdida e o adversário contra-ataca. Os zagueiros brasileiros costumam ficar muito longe dos armadores que avançam, deixando grandes espaços para os meias e atacantes do outro time.
Por ter sido um atleta preocupado com o jogo coletivo, ter comentado durante anos jogos ao vivo, pela TV e no campo, poder ter hoje, pela televisão, uma ampla visão do conjunto, além de milhares de informações (muitas inúteis), saber a opinião do comentarista e ainda assistir às repetições por vários ângulos, tenho mais condições de fazer uma análise do jogo, em casa, do que se estivesse no estádio.
Melhor ainda do que ver o jogo pela TV ou no estádio é ver no estádio e com a TV na frente. Percebo, quando vou ao campo, que um grande número de jornalistas olha pouco para o gramado. Não dá tempo, pois não param de digitar. Precisam escrever seus textos, dar milhões de informações pela internet e ainda olhar para a tela do computador.
Assistem a outro jogo, talvez mais interessante.
Nesta semana, vi dois jogos inesquecíveis, belíssimos, de altíssima qualidade coletiva, individual e de muita competitividade, mostrados pela ESPN Brasil. O primeiro, a derrota do Brasil para a Itália, na Copa de 1982. O segundo, entre Manchester City e Liverpool, pelo atual Campeonato Inglês. São nítidas as muitas mudanças na maneira de jogar das equipes, do passado e do presente. Nada será como antes.
Hoje, há mais disciplina tática, marcação, movimentação e velocidade. Os espaços entre os setores são menores, e existe mais pressão no jogador que está com a bola.
Predomina o passe, embora ainda existam grandes dribladores. O passe representa a técnica, o jogo coletivo e solidário. O drible, a habilidade, a improvisação e o talento individual. Os dois são essenciais.
Hoje, há mais preocupação em dar o passe correto, com a parte interna do pé, de chapa, para não perder a posse de bola.
No passado, era mais comum o passe de curva, de trivela, de rosca, fazendo a bola contornar o corpo do adversário, para cair nos pés do companheiro. Além de eficiente, era mais bonito. Os jogadores arriscavam mais o passe decisivo.
O grande passador é o que sabe o momento exato de dar o passe correto, para não perder a bola, e o momento de surpreender, de arriscar e de colocar a bola entre os defensores, para o companheiro fazer o gol.
Outra grande mudança no futebol foi nas transmissões da TV. No passado, a imagem era muito fechada. Quase só se via o lance e alguns jogadores em volta. Agora, a imagem é bem aberta. Isso é ótimo para ver o conjunto.
Se não fosse isso, teria de assistir a todos os jogos no estádio. Apenas alguns detalhes não consigo ver pela TV, como o posicionamento dos zagueiros quando o time está no ataque. Mas posso deduzir, quando a bola é perdida e o adversário contra-ataca. Os zagueiros brasileiros costumam ficar muito longe dos armadores que avançam, deixando grandes espaços para os meias e atacantes do outro time.
Por ter sido um atleta preocupado com o jogo coletivo, ter comentado durante anos jogos ao vivo, pela TV e no campo, poder ter hoje, pela televisão, uma ampla visão do conjunto, além de milhares de informações (muitas inúteis), saber a opinião do comentarista e ainda assistir às repetições por vários ângulos, tenho mais condições de fazer uma análise do jogo, em casa, do que se estivesse no estádio.
Melhor ainda do que ver o jogo pela TV ou no estádio é ver no estádio e com a TV na frente. Percebo, quando vou ao campo, que um grande número de jornalistas olha pouco para o gramado. Não dá tempo, pois não param de digitar. Precisam escrever seus textos, dar milhões de informações pela internet e ainda olhar para a tela do computador.
Assistem a outro jogo, talvez mais interessante.
29 de dezembro de 2013
Tostão
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