O poder de processamento dos eletrônicos dobra a cada dois anos. Sua capacidade de armazenamento cresce ainda mais rapidamente. O volume de dados transportados pelas redes móveis brasileiras quase dobra em um ano. A explosão dos tablets, smartphones e outros dispositivos móveis enfrenta, no entanto, um gargalo sério. Existe um componente importante cuja evolução não consegue acompanhar esse ritmo: as baterias.
Você compra o modelo mais recente de celular, contrata um plano caro da sua operadora e, no dia em que usa o aparelho de verdade, a bateria morre no meio da tarde. Os fabricantes de smartphones prometem oito, dez horas de uso, mas a prática não chega a alcançar essa promessa. Eles adaptam hardware e software para gastar menos energia. A própria tendência de se lançar aparelhos com telas cada vez maiores acaba criando mais espaço para baterias. Mas isso não é suficiente.
Como pode haver uma revolução móvel se estamos presos aos fios da tomada? As baterias de íon de lítio - usadas nos celulares, computadores portáteis e carros elétricos - são uma tecnologia que está há duas décadas no mercado. Sua capacidade tem aumentado, em média, somente 5% ao ano.
Existe bastante gente tentando melhorar isso. Por exemplo, o Laboratório Nacional Argonne, nos Estados Unidos, recebeu, no fim de 2012, US$ 120 milhões do Departamento de Energia do seu país para desenvolver novas formas de armazenar energia. O objetivo é desenvolver, em cinco anos, baterias cinco vezes mais poderosas, a um quinto do custo. Eles testam novos materiais, como magnésio e alumínio, e novas maneiras de construir as baterias.
Se a evolução das baterias é importante para os celulares, para os carros híbridos e elétricos ela é essencial. Atualmente, a gasolina armazena seis vezes mais energia por quilograma que as baterias de íon de lítio. A competitividade dos carros elétricos depende da redução dessa diferença.
A Tesla Motors - montadora criada por Elon Musk, que era o principal acionista do PayPal - tem conseguido avanços importantes nessa área. O Tesla Model S tem autonomia de mais de 400 quilômetros, sem precisar recarregar baterias, mais que o triplo dos concorrentes produzidos por grandes montadoras. Mas o Model S ainda é um carro de luxo, que custa entre US$ 70 mil e US$ 100 mil nos Estados Unidos.
Alguns postos criados pela Tesla, chamados "superchargers" (supercarregadores), conseguem recarregar as baterias de um carro em meia hora. Ainda não é a mesma coisa do que encher o tanque de gasolina ou etanol, mas é bem melhor que alternativas de concorrentes, que exigem horas para recompor a carga. No caso do Model S, toda a base do carro, das rodas dianteiras às traseiras, é formada por baterias.
Você compra o modelo mais recente de celular, contrata um plano caro da sua operadora e, no dia em que usa o aparelho de verdade, a bateria morre no meio da tarde. Os fabricantes de smartphones prometem oito, dez horas de uso, mas a prática não chega a alcançar essa promessa. Eles adaptam hardware e software para gastar menos energia. A própria tendência de se lançar aparelhos com telas cada vez maiores acaba criando mais espaço para baterias. Mas isso não é suficiente.
Como pode haver uma revolução móvel se estamos presos aos fios da tomada? As baterias de íon de lítio - usadas nos celulares, computadores portáteis e carros elétricos - são uma tecnologia que está há duas décadas no mercado. Sua capacidade tem aumentado, em média, somente 5% ao ano.
Existe bastante gente tentando melhorar isso. Por exemplo, o Laboratório Nacional Argonne, nos Estados Unidos, recebeu, no fim de 2012, US$ 120 milhões do Departamento de Energia do seu país para desenvolver novas formas de armazenar energia. O objetivo é desenvolver, em cinco anos, baterias cinco vezes mais poderosas, a um quinto do custo. Eles testam novos materiais, como magnésio e alumínio, e novas maneiras de construir as baterias.
Se a evolução das baterias é importante para os celulares, para os carros híbridos e elétricos ela é essencial. Atualmente, a gasolina armazena seis vezes mais energia por quilograma que as baterias de íon de lítio. A competitividade dos carros elétricos depende da redução dessa diferença.
A Tesla Motors - montadora criada por Elon Musk, que era o principal acionista do PayPal - tem conseguido avanços importantes nessa área. O Tesla Model S tem autonomia de mais de 400 quilômetros, sem precisar recarregar baterias, mais que o triplo dos concorrentes produzidos por grandes montadoras. Mas o Model S ainda é um carro de luxo, que custa entre US$ 70 mil e US$ 100 mil nos Estados Unidos.
Alguns postos criados pela Tesla, chamados "superchargers" (supercarregadores), conseguem recarregar as baterias de um carro em meia hora. Ainda não é a mesma coisa do que encher o tanque de gasolina ou etanol, mas é bem melhor que alternativas de concorrentes, que exigem horas para recompor a carga. No caso do Model S, toda a base do carro, das rodas dianteiras às traseiras, é formada por baterias.
29 de dezembro de 2013
Renato Cruz, O Estado de S Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário