A Helicoverpa armigera é uma lagarta identificada recentemente, que tem surpreendido produtores e pesquisadores pelo seu poder de destruição, causando prejuízos, principalmente, às lavouras de milho, soja e algodão. Ainda não acharam um defensivo contra ela.
Na política, a Helicoverpa armigera atende pelo nome de Marina Silva. Seu primeiro ataque fulminante foi contra o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM), destruindo a sua plantação quase em fase de colheita no terreno do PSB. Está certo que o casamento entre um ruralista e um socialista é uma cruza meio esdrúxula, quase uma anomalia, tipo um boi de duas cabeças, mas nada justificava tão violento ataque da lagarta.
Depois de atingir o campo, a Helicoverpa da Silva chega à cidade, disposta a arrasar qualquer semente de aliança dos campistas que não seja com borboletas azuis ou pererecas verdes. Com tucanos, nem pensar. Abaixo, matéria da Folha de São Paulo.
Em meio à aproximação entre Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB), a Rede Sustentabilidade, aliada do pernambucano, divulgou nota ontem para reafirmar a orientação para que seus diretórios estaduais reforcem o projeto nacional de terceira via, em oposição à polarização entre tucanos e petistas.
A nota foi divulgada depois de a ex-senadora Marina Silva, principal expoente do grupo, afirmar em entrevista no fim de semana que a aliança com o PSB "não é verticalizada" e "não estabelece para a lógica dos Estados a mesma lógica" do plano federal. Para parte da Executiva da Rede, a declaração ensejou interpretações equivocadas e precisou ser esclarecida.
"Houve uma interpretação, principalmente da imprensa, de que a fala teria um significado diferente do que tem. Na nota, dizemos que não", diz Bazileu Margarido, coordenador-executivo da Rede. "A declaração dela não foi uma autorização para que localmente haja alianças com o PSDB, dizendo que a situação em alguns Estados está tudo bem. A fala deixou uma ideia dúbia, que esta nota corrige", afirma o deputado Walter Feldman (PSB-SP), da Executiva da Rede.
A diretriz do grupo é não apoiar candidatos do PT e do PSDB. No texto, o partido diz que "realizará todos os esforços para que, em consenso com PSB e PPS, os Estados possam apresentar alternativas programáticas alinhadas com seu programa nacional", em alianças "comprometidas com a nova política".
A Rede se aliou ao PSB em outubro, após a Justiça Eleitoral ter negado o seu registro. À época, o PSB já apoiava diversos governos tucanos, e Campos negociava palanques estaduais com o PSDB de Aécio para sua candidatura ao Planalto em 2014. Há cerca de dez dias, os dois voltaram a se encontrar e reafirmaram, durante jantar no Rio, a disposição de dividir palanques em vários Estados para unir forças contra a presidente Dilma Rousseff.
Dois dos locais que mais preocupam a Rede são Paraná e São Paulo, em que PSB e PSDB caminham para disputar juntos os governos. Em São Paulo, o PSB integra o governo do tucano Geraldo Alckmin e tende a reproduzir a aliança em 2014. O presidente estadual, deputado Márcio França, é apontado como possível vice do tucano. A Rede paulista já aprovou manifesto contra a aliança e por uma candidatura própria, que teria Feldman como um dos possíveis nomes.
No Paraná, o PSB é aliado do também tucano Beto Richa e deve apoiar sua reeleição. A Rede, no entanto, deve apoiar a candidatura da deputada Roseane Ferreira, do PV. Há ainda distanciamento em outros seis Estados. Segundo a nota emitida ontem, a separação entre Rede e PSB será aceita "somente em último caso".
Para a Rede, alianças regionais com tucanos podem enfraquecer o discurso que deve embalar a candidatura da dupla Eduardo-Marina, de renovação na política."A Rede reafirma que no centro da estratégia eleitoral para 2014 está a busca por candidaturas que reforcem o projeto nacional da coligação", diz o texto.
19 de dezembro de 2013
in coroneLeaks
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