"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

SUGESTÃO DE FUTURO PARA O PSICOPATA CHAMPINHA: DEPUTADO DO PT

O estuprador e assassino de Liana Friedenbach e Felipe Caffé poderá ser solto nesse mês. Seu destino pode ser glorioso caso se filie ao PT - se sentirá em casa com o discurso e as companhias.

 
champinha azul Sugestão de futuro para o psicopata Champinha: deputado do PT
 
Reportagem do Fantástico deu conta do paradeiro de Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha, um dos psicopatas mais frios e perigosos do país. Champinha ganhou fama pelo seqüestro, seguidos estupros, tortura e assassinato a facadas de Liana Friedenbach, 16, e seu namorado, Felipe Caffé, 19, em 2003.
Recluso em uma área com terapia ocupacional e aulas, Champinha tem um médico, um psicólogo, dois técnicos de enfermagem e uma assistente social para dividir com apenas outros quatro internos. 5 profissionais de saúde para 4 seres humanos. Quem dera o SUS fosse assim.
Champinha corre o risco de ser solto. Seu destino será decidido no próximo dia 28. O Ministério Público Federal quer o fechamento da Unidade Experimental de Saúde (UES) onde está internado, sob alegação de que os presos “estão internados sem previsão pra sair e sem tratamento de saúde adequado”, segundo o procurador da República Pedro Antônio Machado. Pergunta-se o que então seria um tratamento de saúde adequado, se a população aqui fora, que paga a conta da saúde de Champinha, não tem metade do que ele tem pra si (nem mesmo a “elite”, pode fazer as contas).
Apesar de pelo menos três promotores do próprio Ministério Público que já trabalharam no caso Champinha discordarem de sua “recuperação” (como se isso importasse), o pedido do MP se baseia em um laudo de 2008 do núcleo de Psiquiatria Forense da Faculdade de Medicina da USP. De acordo com este laudo, “o assassino de Liana Friedenbach não apresenta transtorno mental. Ele é uma pessoa normal que não terá benefícios médicos ficando internado”.
 
champinha mordomias Sugestão de futuro para o psicopata Champinha: deputado do PT
 
É mesmo estranho que “não trazer benefícios mentais” (ao Champinha) seja motivo para soltá-lo (ainda mais com outros promotores que já trabalharam com Champinha negarem sua capacidade de convivência em sociedade). Acaso um corrupto deixará de ser corrupto na cadeia? Então, se não há “benefícios mentais” ao corrupto, o melhor é soltá-lo – quiçá devolvê-lo ao seu cargo público? Pense-se nos benefícios mentais da sociedade enquanto Champinha esteve preso.
Mesmo quando ainda estava na fundação CASA, antiga Febem, Champinha também teve laudos contraditórios: um dizia que era bom em matemática e educado, outro apontava seu caráter de líder de bando amoral que só pensava em rebelião, e de como gostava de narrar às funcionárias como torturou e matou lentamente Liana Friedenbach durante um estupro, estuprando seu corpo até depois de degolá-la a base de facadas, distribuindo ainda outras 15 facadas por seu corpo.
Tal se dá porque, em psicopatas, o sofrimento humano não ativa as áreas do cérebro ligadas à empatia com outros seres humanos, vistos como iguais por pessoas comuns. Ativa-se justamente as áreas do cérebro ligadas à linguagem, o que os torna hábeis disfarçadores de sua própria condição a quem não os viu em momento algum agindo apenas com seus próprios instintos distantes de uma platéia que os julga.
É claro que a portadecadeiosfera desde sempre viu chances de lucro fácil, por não serem capazes eles próprios de crimes tão cruéis, mas por tampouco sentirem empatia por vidas humanas sendo barbaramente destruídas. Se em um caso de um pobre sendo roubado ou morto nenhuma entidade se preocupar com a sua defesa, Champinha tem tantas entidades lutando por sua liberdade que parece um ministro de Estado em um país totalitário:
“Os jovens deveriam ser tratados em instituições de saúde adequadas, segundo os preceitos que norteiam o tratamento de suas moléstias e não em uma instituição que se encontra num ‘limbo jurídico’”, alega a ação subscrita pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão de São Paulo, pelo Conectas Direitos Humanos, pela Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente, pelo Instituto de Defesa dos Direitos de Defesa e pelo Conselho Regional de Psicologia da 6ª Região.
Ou seja, Champinha, depois de tudo, deve ser “tratado”, de preferência com ainda mais conforto do que tem (sem haver nenhum relato de maus tratos, como na imagem do Fantástico em que ele aparece feliz e sorridente regando plantinhas, tendo apenas um guarda para vigiá-lo). Uma preocupação que, novamente, essa carrada de entidades (ONGs? O”N”Gs? órgãos palpiteiros?) não têm com o restante da população que paga a sua boa vida (e mesmo que quisesse, não poderia pagar pela vida de Liana e Felipe).
“Após o término do período improrrogável de três anos de internação na Fundação Casa, ou ao completar 21 anos, com o esgotamento da competência da Justiça da Infância, deveriam ser postos em liberdade”, argumenta Pedro Antônio de Oliveira Machado, procurador regional dos Direitos do Cidadão. “Além de estarem sendo responsabilizados duas vezes pela prática do mesmo ato, a internação compulsória na UES se dá por tempo indeterminado, como se perpétua fosse”.
Como se vê, uma verdade absoluta pode ser dita sobre o Brasil: neste país, o crime compensa. Compensa muito. Quanto pior o crime, mais recompensas você tem. A única coisa que um brasileiro nunca deve fazer é ser honesto. Além de correr o risco de morrer ao dobrar a esquina em troca de um celular de R$ 100, terá de arcar com “o tratamento das moléstias” dos assassinos de seus familiares e amigos.

Pensando no futuro de Champinha (suas vítimas não têm, mesmo)

Pensando nisso, Augusto Nunes, em seu blog na Veja, fez uma proposta: prometeu pagar o salário do assassino Champinha se o procurador que quer libertá-lo aceitá-lo como seu motorista. É algo lógico, sensato e inapelável: se o emérito procurador acredita que Champinha deve ser posto em liberdade, nada mais sensato do que ter Champinha por perto – ainda mais com um bom emprego, já que está tão preocupado com o seu bem-estar. Ou a idéia é que Champinha seja posto em liberdade, desde que permaneça bem longe… do emérito procurador?
 
liana vejasp Sugestão de futuro para o psicopata Champinha: deputado do PT
 
O deputado-anátema Jair Bolsonaro também já havia sugerido à então deputada petista Maria do Rosário que usasse Champinha como motorista da sua filha, se ela é contra a redução da maioria penal. O ataque de chilique da deputada em resposta foi caluniar o deputado chamando-o de estuprador (o deputado, não Champinha), e depois de uma resposta absolutamente mais branda (Bolsonaro a chamou de “vagabunda” depois de Maria do Rosário partir para cima dele), sair chorando e exigir que Bolsonaro perdesse o mandato. O que faz sentido no pensamento de Rosário?
Mas já que a preocupação hodierna é com o futuro de Champinha (Liana e Felipe, o casal de adolescentes assassinados, não têm mais futuro mesmo, então quem se importa?), temos uma sugestão ainda melhor: Champinha poderia se aliar a Rosário e virar deputado pelo PT.
Jurisprudência não parece faltar. Vide o caso do deputado Luiz Moura, que apenas por uma mera coincidência é do PT. Dono de um patrimônio declarado de R$ 1,1 milhão, do qual R$ 700 mil de quatro postos de gasolina de que é dono, Luiz Moura era assaltante justamente de postos de gasolina, foi condenado com seu comparsa a cinco anos e quatro meses em regime semiaberto após assaltos em Umuarama (PR) e Ilhota (SC).
De maneira assustadoramente similar com o discurso do procurador Pedro Antônio de Oliveira Machado sobre Champinha, Luiz Moura escreveu uma carta de próprio punho à Justiça para pedir a remoção para a Colônia Penal Agrícola, sugerida pelo tribunal para o cumprimento do semiaberto:
“Não temos nem um tipo de assistência, como psicólogo, assistente social, médico, odontologista e até mesmo alimentação, que é o nosso ponto mais crítico que enfrentamos e por tais motivos e direitos humanos, achamos por bem pedir clemência em nos conceder remoção (sic)”.
A remoção foi concedida em março de 1993. Menos de uma semana depois, Luiz Moura, que deveria dormir na prisão durante o restante da pena, fugiria para não mais voltar até que a pena prescrevesse.
Em agosto de 1993, transitava em julgado a condenação de seis anos e oito meses em regime fechado, imposta em primeira instância. O petista, contudo, já estava foragido.
Em 2000, advogados de Luiz Moura voltariam à Justiça de Umuarama para pedir a decretação da prescrição da pena, o que ocorreu em 2002.
(…) Em 2005 ele pediu sua reabilitação criminal. Seus advogados sustentaram que ele era “um exemplo a ser seguido”. “Quando jovem teve aqueles problemas no âmbito criminal, originado por ingerir substância entorpecente. Sentindo muita vergonha, não suportava ver sua mãe se deslocar de São Paulo para visitá-lo no presídio. Pobre, com sacolas nas mãos, viajava de ônibus centenas de quilômetros. Aquilo foi atormentando o ora reabilitando, que, buscando mais poupar sua mãe daquele sacrifício, decidiu por evadir-se, apegar-se a Deus e prometer nunca mais ter envolvimento criminal.”
deputado luizmoura pt Sugestão de futuro para o psicopata Champinha: deputado do PT
 
A frase “prometer nunca mais ter envolvimento criminal” para alguém que logo depois se filiou ao PT ficou mesmo estranha, mas a citamos ipsis litteris. Não surpreende a desculpa da bebedeira, a mesma que a defesa de Champinha usou, mesmo quando este fugiu da cadeia e sua primeira providência foi encher a cara, numa clara demonstração de reabilitação (como se fuga já não o fosse). Nem surpreende este parágrafo:
Embora em 2005 tenha informado que vivia em “falta de condições econômicas”, e que em 2003 seus rendimentos foram de R$ 15,8 mil em todo o ano, em 2009 Luiz Moura virou sócio da empresa de ônibus Happy Play Tour, com um total de R$ 4 milhões em cotas.
Luiz Moura apenas tentou impedir o Estadão de publicar tal matéria sobre sua vida e reputação ilibada de exemplo a ser seguido (e muito seguido: basta fugir até a pena prescrever e depois viver como se ninguém tivesse sofrido graças a seus atos).
 
liana felipe Sugestão de futuro para o psicopata Champinha: deputado do PT
 
Poderia haver companhia melhor para Champinha, que seqüestrou o jovem casal com seu bando, que matou Felipe Caffé com um tiro de espingarda na nuca, manteve Liana em cativeiro por 5 dias a estuprando tão violentamente que destruiu sua vagina, fazendo a jovem ainda ser obrigada a saciar o apetite sexual do restante dos monstros do bando entre uma sessão de tortura e outra? Liana foi morta durante uma sessão de estupro no meio do mato, quando Champinha desferiu 15 facadas na jovem, começando por suas costas, peito e terminando com uma facada em seu pescoço que a degolou.
Maria do Rosário disse que Champinha é “apenas uma criança”. Não entendemos então por que não aceitou tê-lo como motorista de suas filhas.
Ari Friedenbach, pai da jovem assassinada, foi cirúrgico em sua avaliação:
A legislação que trata de crimes cometidos por menores de idade é tão misericordiosa com menores que matam quanto inclemente com menores que morrem. Só é proibida a identificação dos delinquentes. A vítima pode ser exposta sem quaisquer restrições, sem tarjas cobrindo os olhos nas fotos, sem iniciais que escondem o nome completo por trás de iniciais.

Champinha bem acompanhado de seus cupinchas

Porém, numa semana em que se chora quando mensaleiros (que não são apenas corruptos, são totalitários) são presos, é bom notar se indagar se a “imprensa” chapa branca, aqueles que confundem propaganda totalitária com jornalismo, iria aceitar Champinha como deputado. Um estuprador não cairia bem com o feminismo, ao menos em tese. Afinal, assaltar é justificado pela desigualdade e pelo sistema, mas cantadas de pedreiro devem ser punidas pelo machismo embutido.
Mas nada a se preocupar. Basta se lembrar das palavras do professor de Direito Penal da UFMG Túlio Vianna na época do assassinato de Liana. Para o professor, que advoga pelo feminismo e critica tanto estupros, o estupro de uma moça em seu cativeiro e sua morte horrível são desculpáveis pela desigualdade social (sic). Nenhuma defesa de mulheres é cabível aí. Podemos destacar os seguintes trechos:
O que difere este homicídio daqueles que já não vendem mais jornais é a posição ocupada pelas vítimas na sociedade. Na balança da mídia e de seus consumidores de tragédias pessoais, a vida de um adolescente de classe média vale muito mais do que a de João e Maria… (…)
Liana e Felipe, em sua sede de aventura, foram vítimas da desigualdade brutal que tanto os distanciavam de Champinha, seu suposto algoz e atual personificação do demônio, segundo a mídia-urubu que a cada dia mais infesta nossos noticiários. (…)
O trágico fim da história todos conhecem, tal como foi contado pela mídia em versão para adolescentes da velha fábula de João e Maria, aprisionados pela perversa bruxa da floresta. (…)
Violento é Champinha, e não o Estado, que lhe negou uma infância minimamente digna, e a mídia, que só enxerga crianças e adolescentes miseráveis para mostrar a seus consumidores o quanto eles são “perigosos” e com que frieza eliminam uma vida.
A mídia-urubu e seus consumidores de carniça impressa e gravada clamam por justiça, em nome de Liana e Felipe, que tiveram a infeliz idéia de acampar no lugar errado, num misto de desafio e coragem.
Reduzir a menoridade penal é a forma mais simples e irracional de se resolver um problema complexo: lugar de criança e de adolescente é na escola, e não trabalhando como tantos de nossos jovens, que perdem suas infâncias e adolescências para ajudar no sustento de seus lares.
Antes de cogitarmos em reduzir a menoridade penal temos a obrigação constitucionalmente consagrada de colocar todas as nossas crianças na escola (…). Assim fazendo certamente estaremos evitando tragédias como esta.” (grifos nossos)
champinha Sugestão de futuro para o psicopata Champinha: deputado do PT
 
Nenhum dos leitores do dr. Racional perguntou ao digníssimo se Champinha, afinal, “largou a escola para trabalhar”, este operário proletário mais-valiado. Já nós, que nos horrorizamos com esse tipo de assassinato e não queremos mulheres e jovens sofrendo esse tipo de violência, somos “consumidores de caniça da mídia-urubu” e, claro, machistas, reacionários e fascistas.
E o que dizer da colunista Marilene Felinto, da revista de extrema-esquerda Caros Amigos, no surto que mais lhe deu fama? Depois de afirmar que o casal foi assassinado supostamente por uma quadrilha que inclui um adolescente de 16 anos, pobre e morador da periferia do Embu”, a genial colunista brinda-nos com estas imperdíveis contribuições ao pensamento civilizatório:
A hipocrisia do rabino [H. Sobel, que pediu a pena de morte no Brasil] é flagrante: está claro que ele defende a pena de morte para brasileiros pobres. No seu delírio, o rabino deve ter achado que aqui é uma espécie de Israel – e que a esmagadora maioria dos brasileiros, da classe pobre, é uma espécie de Palestina a ser eliminada da face da terra!
Felinto ignorou na época os ditames do movimento feminista (que afirma que, numa relação homem-mulher, como a relação Champinha-Liana, o homem é SEMPRE o mais forte) e disse que todo o rebuliço em torno do assassinato” só se deu porque a menina era rica, e não porque, afinal, era uma menina que foi torturada e estuprada por DIAS a fio, sentindo na pele uma morte horrível e lenta (Felipe teve até “sorte”, quando se crê que aproximadamente 100% da humanidade, se fosse forçada a escolher entre as duas mortes, escolheria a dele). Para ela, só contou o dinheiro: ninguém se chocou com a violência – aliás, ela fala com nojinho da “tal passeata ‘contra a violência’”, entre aspas. “Ora, até que ponto se pode chegar?” Pergunte ao Champinha, queridinha. Você o aceitaria como seu motorista?
Claro, não faltam críticas a Hebe Camargo e seu “xaveco fascista” ou à “nata da imprensa que serve à elite”. Mas aí Felinto joga às nossas fauces:
Por acaso a classe alta saiu às ruas para pedir a pena de morte para outra menina rica paulista, Suzane Richthofen, acusada de planejar o assassinato dos próprios pais, junto com o namorado, em 2002? Por acaso a classe alta pediu pena de morte para o também jovem paulista Jorge Bouchabki, acusado (e depois inocentado) em 1988 do assassinato dos pais, no famoso “crime da rua Cuba”?
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Sim, muitos pediram a pena de morte a Richthofen. Aliás, não vi NINGUÉM da “nata da imprensa que serve à elite” a defendendo. E não, ninguém pediu um linchamento a um caso com dúvidas. Mas quando se pega o assassino comprovado (e confessado na base de “Matei porque deu vontade”), ora, o que fazer com ele? Só resta mesmo mandar para o PT. Mas, para Felinto, “o caso de Liana Friedenbach reúne todos os elementos da hipocrisia da elite paulista”. Afinal, exigir punição a assassino é… hipocrisia. E só a “elite paulista” que quer puni-lo. Assassinato, quem nunca?
E que tal a passagem flertando com o nazismo em que Felinto zomba de Liana Friedenbach por ser membra da “elite” – “esta de nomes estrangeirados”? Só se supera em preconceito abjeto quando vira o rosto para uma violência que não seria capaz de suportar por 2 minutos sem desejar a própria morte, e diz que crimes “hediondos” só são marcados pela classe social da vítima, com uma das frases mais carniceiras e nojentas já escritas na língua portuguesa:
O que torna um crime mais “hediondo” que outro? Só se for a classe social da vítima: quando é rica e loirinha, então, o crime é mais hediondo do que se a vítima for um “Pernambuco” qualquer.
Meninas “loirinhas” deste país, este papo não é para vocês. A esquerda não representa “loirinhas”. Quem é mesmo a mídia-urubu, senão nossos esquerdistas, todos adoradores de um discurso de ódio de classe, de um desprezo brutal pela vida humana, apóiam a violência e a morte niilista, mas que se juram “sociais”?
 
liana2 Sugestão de futuro para o psicopata Champinha: deputado do PT
 
Afinal, tudo se trata “desse veneno que a elite brasileira truculenta injeta todo santo dia na veia dos meninos”, pois “eles [os pobres] sabem que não passam de ‘Pernambucos’ condenados ao preconceito de classe, à exclusão total, à humilhação”, “eles sabem que nada têm a perder – por isso matam”. Porque como todos sabem, se você é pobre, é naturalmente um Champinha. O que os pobres desse país podem sentir ao serem comparados todos a psicopatas? De minha parte, sinto o sangue ferver.
Claro que a culpa é toda do “pai de Liana que quer ver o rosto do rapaz estampado nos jornais da elite”. Afinal, se não tivesse trazido ao mundo uma vida capaz de alegrar pessoas a seu redor, nada disso teria acontecido e Champinha hoje estaria feliz em liberdade. Como diz Sakamoto, o problema é a “ostentação”: a “loirinha” ostentou sua beleza e, por isso, morreu. Sempre a culpa é da elite.
E, claro, de Geraldo Alckmin “e sua política de segurança fascista” (como se essa turma não quisesse, justamente, tudo dentro do Estado, tudo para o Estado, nada fora do Estado). Afinal, “foi a própria elite brasileira que transformou R.A.A.C. [Champinha] em pessoa-animal”. Se você acabou de ser promovido, fique sabendo que você também transformou em “pessoa-animal”.
E como a esquerda adora assassinos, não falta nem aquela conclamação à violência pouco disfarçada, mas ainda disfarçada, típica de extremistas:
“É preciso ser intransigente com essa elite brasileira surda e cega ao ódio de classe que ela insufla. É preciso ser intransigente na defesa dos direitos humanos de R.A.A.C. Direitos humanos, sim, para a pessoa que a elite voraz e devoradora quer transformar em animal a ser caçado a laço e exposto à execração pública e à morte pela justiça popular.”
Mas, afinal, a justiça não era elitista? Agora resolveu admitir que é o povo que quer Champinha bem longe de si?!
Temos um jeito de Champinha ficar perto do povo: virar deputado do PT! Talvez até ir para alguma comissão de Justiça. Nada melhor do que um ídolo das esquerdas, um homem do povo, alguém que sabe na pele o que é sofrimento, para criar leis para nos salvar de nós mesmos! Alguns votos já são garantidos.
 
15 de novembro de 2013
Flávio Morgenstern

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