"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

MANUAL DO PROPRIETÁRIO

Disputa entre Serra e Aécio reforça o racha no PSDB e turbina o projeto de reeleição da inoperante Dilma

Não deve acabar tão cedo a disputa entre os tucanos Aécio Neves e José Serra pelo direito de concorrer à Presidência da República, em 2014, pelo PSDB. Ex-governador de São Paulo, Serra sabe que o presidente nacional do partido não suporta pressão.

As poucas incursões de José Serra nas últimas semanas foram suficientes para tirar a tranquilidade de Aécio, algo que se tornou evidente para as pessoas mais próximas.

Enquanto José Serra percorria o País discutindo problemas nacionais, sem ataques diretos ao PT, Aécio Neves vinha avançando em sua pré-candidatura, sem dar muita importância ao tucano paulista. Acontece que as últimas pesquisas de opinião apontaram para um cenário desfavorável a Aécio. É verdade que pesquisas não deve ser levadas a sério, mas elas servem para influenciar decisões partidárias.

No momento em que o ex-governador de Minas Gerais pareceu nas pesquisas sem qualquer chance de derrotar a petista Dilma Rousseff, em 2014, Serra se animou e subiu o tom de seus discursos, a ponto de irritar o presidente da legenda.

O grande enigma na corrida eleitoral rumo ao Palácio do Planalto é que até o momento não surgiu um candidato cujo discurso seja capaz de desconstruir a farsa do desgoverno do PT. O que o Palácio do Planalto tem levado aos eleitores de todo o país por meio das propagandas oficiais não passa de um conjunto de efeitos especiais capaz de fazer inveja a Steven Spielberg. Nada do que mostram as campanhas publicitárias do governo é a tradução da realidade.

O grande erro do PSDB foi não aceitar a ideia de realizar primárias para escolher o candidato com mais chances de enfrentar Dilma Rousseff e a bilionária máquina do governo federal, agora a serviço do projeto de reeleição de alguém que ajudou a destruir a economia nacional em apenas uma década.

A briga entre Serra e Aécio só interessa ao PT, que com isso consegue desmontar qualquer eventual reação oposicionista em 2014. O mais interessante nessa epopeia pré-eleitoral é que os índices de aprovação do governo de Dilma Vana Rousseff não batem com os números das pesquisas de opinião sobre a eleição presidencial. E nem isso o PSDB é capaz de discutir com a população de forma crítica e didática.

Nos bastidores do PSDB muitos são os que reconhecem a diferença entre os currículos de Serra e Aécio, mas não tratam do assunto abertamente como forma de evitar o acirramento da disputa.

Segundo apurou o ucho.info, se o PSDB perceber dentro de no máximo três meses que a candidatura de Aécio Neves não tem chances de decolar, a escolha de um novo nome para enfrentar Dilma não causará surpresa. Tal situação já tem levado alguns tucanos a adotarem o discurso de que o projeto do partido é para 2018.

11 de novembro de 2013
ucho.info

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