"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

CASSAÇÃO DOS MENSALEIROS SERÁ COM VOTO ABERTO. DEPUTADOS VÃO TER A QUE MOSTRAR A CARA PARA O BRASIL



 
O presidiário Donadon só escapou com a ajuda do Deus anônimo, que protegia os corruptos nas votações
 
O Senado aprovou ontem o fim do voto secreto no Congresso para as cassações de mandatos e análise de vetos da presidente da República. A proposta vai agora para promulgação, o que significa que os parlamentares condenados pelo mensalão que forem submetidos a processo de cassação devem ter o destino decidido em votação aberta.
 
São eles os deputados federais Valdemar da Costa Neto (PR-SP), Pedro Henry (PP-MT), João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoino (PT-SP) --que, porém, pode obter aposentadoria antes de o processo de cassação ser iniciado (leia texto nesta página).
 
A proposta teve a tramitação acelerada no Congresso após o deputado federal Natan Donadon (sem partido-RO), preso em Brasília após ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal por desvios na Assembleia de Rondônia, ter o mandato poupado em votação secreta, em agosto. À época, os presidentes da Câmara e do Senado decidiram acelerar o fim do voto secreto para evitar que a imagem do Congresso sofresse mais abalos --a avaliação é que Donadon não teria sido salvo em votação aberta.
 
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), colocou em votação uma proposta que põe fim ao voto secreto em qualquer circunstância, e foi criticado pelo colega Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, que defende a medida em casos específicos. Em manobra articulada por Renan, os senadores fatiaram a votação: o sigilo nas indicações de autoridades e na escolha dos presidentes e composição das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado teve a tramitação separada.
 
Agora cabe a Renan, como presidente do Congresso, promulgar a proposta aprovada --que acaba só com o sigilo nas cassações e na análise de vetos--, o que não tem prazo para ocorrer. Para isso, precisará convocar sessão conjunta entre Câmara e Senado. Após a aprovação do texto pelos senadores, Henrique Alves disse que fica mais "tranquilo" para colocar em votação qualquer processo de cassação.
 
(Folha de São Paulo)
 

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