"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 14 de março de 2018

SEM VERBA DA UNIÃO, QUESTÃO DA SEGURANÇA DIFICILMENTE SERÁ RESOLVIDA, DIZ MAIA

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) (Foto: Bernardo Caram/G1)
Rodrigo Maia agora faz oposição ao governo Temer
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avaliou nesta segunda-feira (12) que, se não houver orçamento federal, o problema da segurança dificilmente será resolvido. O ministro da recém-criada pasta da Segurança Pública, Raul Jungmann, tem pleiteado à área econômica do governo dotação orçamentária para o ministério.
Reportagem do jornal “O Globo” mostra que Jungmann também planeja pedir dinheiro a empresários do setor privado para financiar projetos de segurança. Maia, porém, disse ver com reservas essa ideia.
DIFERENÇAS – “Eu acho que num ponto da cidade ou de qualquer cidade eu acho que é cabível [ter financiamento privado]. Agora, num estado do tamanho do Rio de Janeiro, eu acho que, sem orçamento federal, me parece um pouco difícil que se consiga resolver o problema da segurança sem custeio, pelo menos para reorganizar as despesas mínimas de segurança”, afirmou.
Questionado se via algum tipo de conflito de ações da pasta serem financiadas com dinheiro privado, disse não ver problema.
“Colaborar com compra de doação de viaturas, de equipamentos, não tem problema nenhum”, afirmou.
O presidente da Câmara ponderou que não se pode achar que a solução para a questão da segurança “passa pela doação de viaturas”. “Para que se tenha uma estrutura concreta no combate ao crime organizado, o orçamento tem que ser público”, defendeu.
NO ORÇAMENTO – Para ele, a sociedade já paga impostos, que deveriam ser usados, em parte, para financiar a área. “A sociedade já paga os seus impostos e, dentro dos impostos, já deveria ter uma parte importante para financiar a segurança pública. Eu acho que é dentro do Orçamento da União que tem que se encontrar as soluções”, disse.
No início do mês, o presidente Michel Temer anunciou, em reunião com governadores, uma linha de financiamento aos estados e municípios para investimentos em segurança pública.
O programa, batizado de Programa Nacional de Segurança Pública, terá crédito de R$ 42 bilhões em cinco anos, a maior parte para recursos a serem oferecidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Desse valor, R$ 10 bilhões serão oferecidos às prefeituras.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Maia está certo. Até agora, o governo Temer ofereceu apenas financiamentos aos Estados com recursos de BNDES, que terão de ser pagos, aumentando a crise financeira dos governos estaduais. Ou seja, a solução de Temer é apenas um palpite infeliz, como diria Noel Rosa. (C.N.)


14 de março de 2018
Fernanda Calgaro e Danilo Martins
G1 e TV Globo

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