A Justiça Federal em Brasília acolheu uma denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal contra o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. Com a decisão, Mantega se tornou réu no âmbito da Operação Zelotes e passará a responder a uma ação penal. Segundo a denúncia, Mantega beneficiou o empresário Vítor Sandri em um julgamento no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão vinculado ao Ministério da Fazenda no qual empresas recorrem contra multas aplicadas pela Receita Federal.
Ainda de acordo com a denúncia, a multa aplicada à defesa de Sandri chegava a R$ 110 milhões. Além de Mantega e de Sandri, mais 11 pessoas vão responder pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. À TV Globo, a defesa de Vítor Sandri afirmou que a denúncia é “infundada”.
PROPINAS NO CARF – Em novembro de 2017, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, aceitou denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra 14 envolvidos na Operação Zelotes – todos são acusados de participação em esquema de pagamento de propina envolvendo o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
Entre os réus, estão empresários ligados ao grupo Gerdau, como o ex-diretor jurídico da empresa Expedito Luz, e ex-integrantes do Carf. De acordo com a denúncia, os executivos faziam pagamentos a conselheiros do Carf com o propósito de obter decisões favoráveis relacionadas aos seus recursos perante o órgão. Com isso, conseguiam isenção de tributos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A força-tarefa da Zelotes investigou mais de 70 empresas, mas só encontrou provas contra Gerdau, Cimento Penha, BankBoston, J.G. Rodrigues, Café Irmãos Julio, Mundial-Eberle; Ford, Mitsubishi, Banco Santander, Bradesco, Banco Safra e RBS, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul. Além disso, foi também investigado o envolvimento do PP. Também são réus o ex-presidente Lula e seu filho mais novo Luís Cláudio, mas por outros crimes – a compra e venda de medidas provisórias. Agora, Mantega vem fazer companhia aos membros da famiglia Lula. Por fim, é bom lembrar que quando se fala em BankBoston, leia-se: Henrique Meirelles. (C.N.)
14 de março de 2018
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