"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

MARINA SILVA ENFIM RESPONDE A CIRO GOMES SOBRE A QUESTÃO DA "TESTOSTERONA"

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O importante é discutir programas e ideias, diz Marina
Quem tem compreensão política não age de acordo com o sabor das ondas.” Com essa frase, Marina Silva (Rede) respondeu à crítica feita por Ciro Gomes, pré-candidato pelo PDT às eleições de 2018. Ciro disse, em evento no dia 19 de outubro no Rio, que o “momento é muito de testosterona”.
“Não a vejo [Marina] com energia, e o momento é muito de testosterona. É mau para o Brasil, mas é um momento muito agressivo e ela tem uma psicologia avessa a isso”, declarou o ex-ministro.
Na saída de um debate sobre impactos econômicos do desmatamento, promovido pelo Instituto Escolhas e pela Folha, Marina defendeu que o importante é discutir programas e ideias.
PROJETO DE PAÍS – A ex-ministra do Meio Ambiente disse que agiu da mesma forma nas eleições de 2010 e 2014 e que essa postura é a sua contundência, sua energia. “É discutir projeto de país e não projeto de poder.” Disse ainda que em breve o partido fará o anúncio de quem concorrerá ao pleito.
Sobre a suposta crise ideológica da Rede, ela disse que “não há divergências”. Para Marina, todo o partido concorda com sua dinâmica, de uma “construção programática”.
Caso alguém queira deixar a sigla, no entanto, ela diz que é uma atitude democrática. “Aqueles que, porventura, não são acostumados com a cultura [da Rede], que gostariam de algo mais verticalizado, a exemplo dos partidos marxistas-leninistas, foram saindo mesmo”, disse em relação aos nomes que já abandonaram o partido desde 2010.
QUALITATIVO – “Estamos fazendo um trabalho de construção qualitativo, não apenas quantitativo”, afirmou a ex-senadora, que criticou a reforma política por dificultar o acesso dos partidos menores ao fundo partidário. “É uma assimetria muito grande, cerca de 96% dos recursos do fundo eleitoral ficarão com PT, PMDB, PSDB e DEM”, disse Marina. “Mesmo as candidaturas que têm legitimidade e inserção social não terão espaço na propaganda pública eleitoral.”
Apesar das dificuldades financeiras, Marina acredita que o “povo brasileiro” saberá reconhecer quem quer “passar o Brasil a limpo”. “Talvez a gente precise de uma experiência onde quem ganha é a postura e não a estrutura.”
Na última pesquisa Datafolha Marina está empatada tecnicamente em segundo lugar com o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera.

03 de novembro de 2017
Thaiza Pauluze
Folha

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