"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

IBOPE: COM INDEFINIÇÃO ALTA, LULA E BOLSONARO DOMINAM EM TODOS OS CENÁRIOS


Pesquisas indicam uma tendência para polarização
A pesquisa do Ibope publicada segunda-feira pelo O GLobo e comentada nesta terça-feira pela Folha de São Paulo, apresenta um grau muito elevado de indefinição quanto às eleições presidenciais de 2018, mas em todos os cenários alternativos o ex-presidente Lula e o deputado Jair Bolsonaro lideram a preferência popular. Vale acentuar, com base numa observação do editor deste site Carlos Newton, que num levantamento espontâneo, portanto sem a colocação prévia de nomes, apenas 44% afirmaram já ter candidato, enquanto outros 56% não souberam responder. Mas mesmo assim Lula e Bolsonaro lideram.
Na hipótese de Lula não vir a ser candidato, o páreo, visto de hoje concentrar-se-ia nos nomes do mesmo Bolsonaro praticamente empatado com Marina Silva. Curiosa é a diferença entre os que votariam em branco ou anulariam, registrada pela Folha de São Paulo em sua edição online. Carlos Newton acentuou o fato. Entretanto, pode se supor que uma coisa é a pesquisa à base de opção de nomes. E outra a partir da manifestação espontânea dos entrevistados e entrevistadas.
ALTA INDEFINIÇÃO – Na primeira alternativa, 18% afirmaram que anulariam o voto ou votariam em branco. Na alternativa espontânea essa escala sobe para 26%, o que confirma o grau básico de indefinição. Os dois índices são muito elevados, levando-se em conta que normalmente a taxa dos que esterilizam o sufrágio oscila em torno  de 10%.
A explicação pode se encontrar na perspectiva dominada pelo desencanto e rejeição aos políticos em geral. Tanto assim que para 57%, os políticos não merecem confiança e tampouco em seus mandatos representam aqueles que os elegeram .
Esse grau de rejeição, a meu ver, tende até a se elevar. Basta ver a impopularidade do presidente Michel Temer comparada com as manifestações dos deputados que mais uma vez, barraram a hipótese de seu julgamento pelo STF. Assim, a mala de Rocha Loures perdeu-se na noite e o apartamento dos 51 milhões de reais ofuscou-se à luz do dia.
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LEI PARA PRIVATIZAR A ELETROBRAS
Reportagem de Geralda Doca, O Globo de ontem, terça-feira, destaca a necessidade de aprovação de lei pelo Congresso Nacional para a privatização da Eletrobrás. O presidente Michel Temer, esta é uma perspectiva, pode tentar realizá-la por medida provisória.
Entretanto, a medida provisória também exige aprovação pelo Congresso, o que, no caso da desestatização, torna-se impraticável. Por um motivo fundamental: a privatização por MP poderia ser alterada pelos deputados e senadores. No caso de rejeição parlamentar, como iria o Governo proceder? Devolução dos investimentos feitos em ações?
Dentro desse quadro, o único caminho é projeto de lei aprovado em plenário por Câmara e Senado. Mas como? No caso de Furnas, o Sindicato e Associação de Empregados estão realizando forte mobilização junto aos senadores e deputados federais. Aprovar tal lei, sobretudo a um ano das eleições, será muito difícil. Sobretudo porque o eleitorado é muito mais formado por trabalhadores das empresas do setor elétrico do que pelos prováveis compradores de ações na Bovespa.

03 de novembro de 2017
Pedro do Coutto

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