EX-PRESIDENTE DO BB E PETROBRAS É ACUSADO DE RECEBER PROPINAS
O juiz federal Sérgio Moro aceitou nesta quinta-feira, 24, denúncia do Ministério Público Federal contra Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, e outras cinco pessoas na Operação Lava Jato. O executivo é acusado de receber R$ 3 milhões em propinas da Odebrecht.
Os seis agora réus também são acusados pela força-tarefa pelos crimes de corrupção passiva, corrupção altiva, lavagem de dinheiro, pertinência a organização criminosa e embaraço à investigação de infrações penais.
Segundo a força-tarefa da Lava Jato, os crimes ocorreram de 2014 a 2017. Escolhido pela então presidente Dilma Rousseff em 2015, Bendine deixou o Banco do Brasil com a missão de acabar com a corrupção na petroleira, alvo da Lava Jato. Mas, segundo delatores da Odebrecht, o executivo já cobrava propina no Banco do Brasil e continuou cobrando na Petrobras.
Inicialmente fez um pedido de propina no valor de R$ 17 milhões, quando era presidente do Banco do Brasil, ‘para viabilizar a rolagem de dívida de um financiamento da Odebrecht Agroindustrial’, de acordo com as investigações.
A acusação aponta que os executivos e delatores da Lava Jato Marcelo Odebrecht e Fernando Reis – também réus nesta ação –, teriam negado o pedido porque entenderam que Bendine não teria capacidade de influenciar no contrato de financiamento do Banco do Brasil.
Na véspera de assumir a presidência da Petrobras, em 6 de fevereiro de 2015, Aldemir Bendine e um de seus operadores financeiros novamente solicitaram propina a Marcelo Odebrecht e Fernando Reis, para que a empreiteira não fosse prejudicada em seus interesses na Petrobras, inclusive em relação às consequências da Operação Lava Jato. Segundo os delatores, a Odebrecht optou por pagar os R$ 3 milhões pelo Setor de Operações Estruturadas, como era chamada a área responsável pelas propinas na empresa.
A denúncia ainda descreve que, buscando dar aparência lícita para os recursos, André Gustavo Vieira da Silva, Antônio Carlos Vieira da Silva (irmãos suspeitos de operar os repasses e lavar o dinheiro de propina) e Aldemir Bendine, após tomarem ciência da existência de investigações contra si, resolveram dissimular os pagamentos de propina como se tivessem origem em serviços de consultoria prestados à Odebrecht. Para tanto, em março e abril de 2017, ou seja, dois anos após os fatos, efetuaram o recolhimento de tributos relacionados à falsa consultoria.
24 de agosto de 2017
diário do poder
EX-PRESIDENTE DO BANCO DO BRASIL E DA PETROBRAS É ACUSADO DE RECEBER R$ 3 MILHÕES EM PROPINAS DA ODEBRECHT (FOTO: GUSTAVO LIMA/AG. CÂMARA) |
O juiz federal Sérgio Moro aceitou nesta quinta-feira, 24, denúncia do Ministério Público Federal contra Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, e outras cinco pessoas na Operação Lava Jato. O executivo é acusado de receber R$ 3 milhões em propinas da Odebrecht.
Os seis agora réus também são acusados pela força-tarefa pelos crimes de corrupção passiva, corrupção altiva, lavagem de dinheiro, pertinência a organização criminosa e embaraço à investigação de infrações penais.
Segundo a força-tarefa da Lava Jato, os crimes ocorreram de 2014 a 2017. Escolhido pela então presidente Dilma Rousseff em 2015, Bendine deixou o Banco do Brasil com a missão de acabar com a corrupção na petroleira, alvo da Lava Jato. Mas, segundo delatores da Odebrecht, o executivo já cobrava propina no Banco do Brasil e continuou cobrando na Petrobras.
Inicialmente fez um pedido de propina no valor de R$ 17 milhões, quando era presidente do Banco do Brasil, ‘para viabilizar a rolagem de dívida de um financiamento da Odebrecht Agroindustrial’, de acordo com as investigações.
A acusação aponta que os executivos e delatores da Lava Jato Marcelo Odebrecht e Fernando Reis – também réus nesta ação –, teriam negado o pedido porque entenderam que Bendine não teria capacidade de influenciar no contrato de financiamento do Banco do Brasil.
Na véspera de assumir a presidência da Petrobras, em 6 de fevereiro de 2015, Aldemir Bendine e um de seus operadores financeiros novamente solicitaram propina a Marcelo Odebrecht e Fernando Reis, para que a empreiteira não fosse prejudicada em seus interesses na Petrobras, inclusive em relação às consequências da Operação Lava Jato. Segundo os delatores, a Odebrecht optou por pagar os R$ 3 milhões pelo Setor de Operações Estruturadas, como era chamada a área responsável pelas propinas na empresa.
A denúncia ainda descreve que, buscando dar aparência lícita para os recursos, André Gustavo Vieira da Silva, Antônio Carlos Vieira da Silva (irmãos suspeitos de operar os repasses e lavar o dinheiro de propina) e Aldemir Bendine, após tomarem ciência da existência de investigações contra si, resolveram dissimular os pagamentos de propina como se tivessem origem em serviços de consultoria prestados à Odebrecht. Para tanto, em março e abril de 2017, ou seja, dois anos após os fatos, efetuaram o recolhimento de tributos relacionados à falsa consultoria.
24 de agosto de 2017
diário do poder
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