"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 7 de junho de 2017

TSE: GILMAR INTERROMPE RELATOR E DIZ QUE ARGUMENTO É 'FALACIOSO'

Discussão ocorreu em debate sobre utilização ou não de delações premiadas da empreiteira Odebrecht e de marqueteiros no processo contra chapa Dilma-Temer

O ministro Gilmar Mendes, que preside a sessão no julgamento do pedido de cassação da chapa Dilma-Temer, das eleições de 2014, no plenário do TSE em Brasília - 07/06/2017 (Evaristo Sa/AFP)

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Gilmar Mendes atua de forma intensa no processo que decide se a chapa Dilma-Temer cometeu ou não abuso de poder econômico nas eleições de 2014. Por três vezes nesta quarta-feira, Mendes interrompeu o relator, ministro Herman Benjamin, para reiterar seu ponto contrário à utilização das delações premiadas da empreiteira Odebrecht e dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura como autos do processo. Em dado momento, chegou a classificar o argumento do colega como “falacioso”.

Próximo ao presidente Michel Temer (PMDB), que pode perder o mandato em caso de condenação da chapa, o presidente do TSE defende que os magistrados deveriam deliberar apenas a respeito das questões levantadas na ação inicial proposta pelo PSDB após as eleições de 2014. Nas apostas de Flávio Caetano e Gustavo Bonini Guedes, defensores da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e de Temer, a retirada dos conteúdos das delações dos autos do processo tornaria grandes as chances de que ambos sejam inocentados da acusação.

Em suas colaborações com o Ministério Público Federal (MPF), tanto os executivos da Odebrecht quanto os marqueteiros declararam ter havido fartos repasses por meio de Caixa 2 e oriundos de esquemas de corrupção e vantagens indevidas para a coligação que elegeu Dilma e Michel Temer. 

]A inclusão definitiva desses relatos aos autos do julgamento fortaleceria substancialmente a acusação do PSDB, de que a campanha Dilma-Temer abusou de poder econômico ao gastar mais do que se limitou e ao utilizar verbas oriundas de esquemas ilícitos.

07 de junho de 2017
VEJA

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