Em aparte à fala do relator, presidente da corte pregou moderação com 'intervenção indevida no processo democrático'
Os ministros Herman Benjamin e Gilmar Mendes travaram um embate nesta terça-feira durante o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode levar à cassação da chapa Dilma Rousseff e Michel Temer.
O relator Herman Benjamin: resposta para Gilmar Mendes (Ueslei Marcelino/Reuters) |
Os ministros Herman Benjamin e Gilmar Mendes travaram um embate nesta terça-feira durante o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode levar à cassação da chapa Dilma Rousseff e Michel Temer.
A sessão foi suspensa pouco depois das 22h e será retomada às 9h desta quarta.
Presidente da corte, Gilmar fez um aparte durante as considerações iniciais do relator da ação, Herman Benjamin, e destacou a importância de um processo que pode derrubar o governante do país.
Presidente da corte, Gilmar fez um aparte durante as considerações iniciais do relator da ação, Herman Benjamin, e destacou a importância de um processo que pode derrubar o governante do país.
“Temos uma situação singular, que não é comezinha, que é a impugnação de uma chapa presidencial”, afirmou.
Para comparar, Gilmar citou “parlamentares, vereadores e prefeitos” que perdem o mandato e, em tom de crítica, afirmou que o TSE estaria “cassando mais do que a ditadura”.
Por fim, o presidente da corte disse que o processo é um aprendizado e que “mais importante que o resultado do julgamento” é conhecer como funcionam as campanhas presidenciais
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Ao retomar a palavra, Herman respondeu para o colega: “As ditaduras cassavam e cassam quem defende a democracia. O TSE cassa aqueles que vão contra a democracia. É uma enorme diferença”.
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Ao retomar a palavra, Herman respondeu para o colega: “As ditaduras cassavam e cassam quem defende a democracia. O TSE cassa aqueles que vão contra a democracia. É uma enorme diferença”.
Gilmar, então, retrucou. “De qualquer forma, nós temos que ser moderados”, disse. “Essa é uma intervenção indevida no processo democrático eleitoral e nós temos que ser muito cuidadosos com isso.” Herman concordou e acrescentou que a “soberania do voto popular” deve ser protegida também de infrações.
07 de junho de 2017
VEJA
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