"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 29 de março de 2017

O TAMANHO DA CONFUSÃO

Resultado de imagem para CONFUSÃO POLITICA CHARGES
Charge do Sinovaldo, reproduzida do Jornal VS
Tudo indica que em seu relatório sobre a chapa Dilma-Temer, entregue segunda-feira aos colegas do Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Herman Benjamim pede a cassação da dupla. Mas há indicações, também, de que a maioria dos sete ministros absolverá a ex-presidente da República e seu então vice-presidente, acusados de irregularidades ao participarem das eleições de 2014.
Traduzindo: Michel Temer continuará na chefia do governo até o término de seu mandato e Dilma Rousseff manterá seus direitos políticos, devendo até candidatar-se a deputada federal pelo Rio Grande do Sul.
Claro que mudanças podem acontecer até a votação pelo plenário do TSE, semana que vem ou nas próximas.
O principal argumento para esse desenlace aponta para a preservação das instituições já desacreditadas. Uma nova alteração nas regras do jogo, que seria a posse de Rodrigo Maia na presidência da República, exporia o Brasil ao ridículo internacional. Três ocupantes de um mesmo mandato gerariam sonora gargalhada por parte das demais nações.
ELEIÇÕES GERAIS – Só três? Pode ser que não, pois no Congresso cresce a possibilidade da convocação de eleições gerais ainda este ano. Seria preciso uma reforma na Constituição, mas, afinal, tantas já aconteceram que mais uma não fugirá à regra.
Duvida-se da data em que a mais alta corte eleitoral do país resolverá a questão. Se os sete ministros com poder decisório optarem por pedir vistas, sem prazo para a devolução do processo,  esticarão ao máximo a tertúlia. O presidente do tribunal, Gilmar Mendes, mostra-se favorável a uma decisão rápida, mas garantir que aconteça, ninguém garante.
Em suma, a confusão é geral, destacando-se a performance de deputados e senadores empenhados em aprovar  outra emenda constitucional, no caso, da votação para deputado em listas partidárias, proibindo-se o voto individual.

29 de março de 2017
Carlos Chagas

Nenhum comentário:

Postar um comentário