Parcela dos servidores públicos brasileiros incorporou a ideologia do direito cem por cento e negligencia totalmente os deveres que têm para quem os sustenta: o povo.
O serviço público virou uma grande vaca leiteira com mais bezerros do que tetas, tendo de suprir, com emprego e salários, o que o mercado fraco e o desenvolvimento acanhado não propiciaram.
A população recebe desprezo. É o único setor em que o patrão é maltratado e ainda corre o risco de ser processado por desacato, caso reclame de algum serviço malfeito ou atendimento negligente e desdenhoso.
A avaliação de produtividade e desempenho é uma farsa: os próprios colegas, quando não o próprio avaliado, preenchem a ficha com as notas do servidor em estágio probatório ou em fase de progressão, concedendo, quase sempre, pontuação máxima.
Não importa se o servidor é relapso, basta ser simpático, “boa praça”, pagar umas cervejas para os colegas, a avaliação positiva é garantida.
Um ponto descontado é motivo para denúncia de discriminação, assédio moral e outras alegações apresentadas por quem não é muito afeito ao trabalho.
A indústria dos atestados é outra sangria por onde se esvai o serviço público. Basta ficar triste ou de ressaca para o servidor comparecer ao departamento médico. E ai dos profissionais da Medicina que questionarem o quanto alegado. A licença é certa. Os sindicatos da área, por falta de criatividade, imitam os movimentos operários, realizam constantes greves e dão sua parcela de contribuição para o desgaste do serviço público.
Quanto aos governantes que desviam os recursos dos serviços públicos, não preciso nem falar.
Com impostos de primeiro mundo e serviços de terceiro, ainda há quem tenha coragem de cobrar mais sacrifícios ao povo.
O acerto com o Leão do Imposto de Renda se aproxima e a classe média, sufocada com gastos com escolas privadas e planos de saúde, prepara-se para descer a ladeira.
O equilíbrio da lata, leitor, não é brincadeira.
24 de fevereiro de 2017
miguel lucena
O serviço público virou uma grande vaca leiteira com mais bezerros do que tetas, tendo de suprir, com emprego e salários, o que o mercado fraco e o desenvolvimento acanhado não propiciaram.
A população recebe desprezo. É o único setor em que o patrão é maltratado e ainda corre o risco de ser processado por desacato, caso reclame de algum serviço malfeito ou atendimento negligente e desdenhoso.
A avaliação de produtividade e desempenho é uma farsa: os próprios colegas, quando não o próprio avaliado, preenchem a ficha com as notas do servidor em estágio probatório ou em fase de progressão, concedendo, quase sempre, pontuação máxima.
Não importa se o servidor é relapso, basta ser simpático, “boa praça”, pagar umas cervejas para os colegas, a avaliação positiva é garantida.
Um ponto descontado é motivo para denúncia de discriminação, assédio moral e outras alegações apresentadas por quem não é muito afeito ao trabalho.
A indústria dos atestados é outra sangria por onde se esvai o serviço público. Basta ficar triste ou de ressaca para o servidor comparecer ao departamento médico. E ai dos profissionais da Medicina que questionarem o quanto alegado. A licença é certa. Os sindicatos da área, por falta de criatividade, imitam os movimentos operários, realizam constantes greves e dão sua parcela de contribuição para o desgaste do serviço público.
Quanto aos governantes que desviam os recursos dos serviços públicos, não preciso nem falar.
Com impostos de primeiro mundo e serviços de terceiro, ainda há quem tenha coragem de cobrar mais sacrifícios ao povo.
O acerto com o Leão do Imposto de Renda se aproxima e a classe média, sufocada com gastos com escolas privadas e planos de saúde, prepara-se para descer a ladeira.
O equilíbrio da lata, leitor, não é brincadeira.
24 de fevereiro de 2017
miguel lucena
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