José Serra adoeceu de repente e saiu do governo. Eliseu Padilha adoeceu de repente e saiu do governo. José Yunes saiu do governo faz algum tempo, mas o ex-assessor e amigo do peito de Temer teve uma recaída recente e decidiu contar agora ao menos uma meia-verdade. Como um nigeriano abduzido por traficantes, assumiu que era “mula” da propina de Lúcio Funaro.
Romero Jucá parece ter amolecido as ideias. Perdeu completamente o respeito pelas palavras e agora imagina bacanais democráticos, que ou são para todos, ou não são para ninguém.
A República instaurada sob os auspícios de Michel Temer entrou em coma. A epidemia começou com Geddel Vieira Lima. E aos poucos se alastra pela Esplanada.
Os atestados médicos que justificam os afastamentos são suficientemente eloquentes. A epidemia é mais grave do que o surto de febre amarela. Nem Rum Creosotado cura. O remédio é amargo. Quem tem ministrado o tratamento e feito as prescrições é a força-tarefa de Curitiba.
A velha República do PMDB está doente. Sofre de corruptofilia crônica, com surtos agudos de lavajatite.
São doenças incuráveis e devastadoras.
Como as delações premiadas da Odebrecht logo terão o sigilo levantado, espera-se para breve a falência múltipla do esquema. Os velhos corruptos de sempre já respiram por instrumento. São longevos, mas agora sabem que não são eternos.
Os doutores de Curitiba já rascunham os primeiros atestados de óbito político.
Não era sem tempo.
24 de fevereiro de 2017
Fábio Pannunzio
Nenhum comentário:
Postar um comentário