"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 3 de julho de 2016

CLUBE MILITAR ADVERTE O SUPREMO QUE "O FORO PRIVILEGIADO NÃO É PARA BANDIDOS".


Presidente do Clube Militar bota ainda mais lenha na fogueira

















Como amplamente noticiado, Paulo Bernardo, ministro do Planejamento do governo Lula e das Comunicações no primeiro mandato de Dilma Rousseff, foi preso pela Polícia Federal, por determinação do juiz federal Paulo Bueno de Azevedo, de São Paulo, acusado de integrar uma organização formada para fraudar um serviço de crédito consignado a funcionários públicos. 

A empresa a serviço dos fraudadores, o Grupo Consist, cobrava mais do que deveria e repassava 70% do seu faturamento para o Partido dos Trabalhadores e para políticos, segundo a Polícia Federal, a Receita Federal e o Ministério Público. A propina paga entre 2009 e 2015 teria alcançado cerca de R$ 100 milhões. Dezenas de milhares de funcionários públicos foram lesados segundo o apurado.
Paulo Bernardo é casado com a senadora petista Gleisi Hoffmann que por tal circunstância tem foro privilegiado, ela também denunciada junto com o marido, pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. São acusados de receber dinheiro desviado da Petrobras.
BUSCAS NO APARTAMENTO – Para o prosseguimento das investigações criminais, o juiz Paulo Bueno determinou buscas no apartamento funcional da senadora onde ela mora com o marido Paulo Bernardo, acusado dos crimes, ele sem foro especial.
A ação da Polícia Federal, integrada com a Procuradoria da República e a Receita, provocou reações no Senado, onde colegas da senadora contestaram as buscas no apartamento funcional invocando suas imunidades. 
Não se trata apenas de corporativismo, é também o medo de grande parte deles, maioria talvez, envolvidos em atos de corrupção, incluindo os presidentes das casas parlamentares, serem atingidos por medidas semelhantes.
Esse é o Brasil dos nossos dias, valores invertidos, subvertidos, o bandido de colarinho branco disfarçado de autoridade, desacreditando e buscando sobrepor-se à Lei e à Justiça.
Os argumentos invocados pelo Ministério Público parecem irrefutáveis a qualquer cidadão leigo, mas do bem, e devem ser acatados em qualquer sociedade que se pretenda séria.
INTERESSE NACIONAL – “O direito à intimidade e à privacidade não são absolutos e devem ceder aos interesses da coletividade em ver apurados gravíssimos crimes de corrupção que, ainda mais quando, em larga escala (o total das investigações superaria cem milhões de reais), são capazes de causar prejuízos incomensuráveis ao país e à sociedade brasileira” ponderou o juiz.
E mais: “O mandado na residência de Paulo Bernardo é restrito aos seus bens, objetos e documentos, devendo ser preservados os bens, objetos e documentos pessoais da senadora Gleisi Hoffmann, que não são alcançados pela presente decisão”.
Mais claro impossível. Fora isso seria o absurdo da lei assegurar a impunidade a um bandido pelo fato de residir no mesmo local de alguém com foro privilegiado.

03 de julho de 2016
postado por m.americo

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