"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

OPERAÇÃO ESFINGE: PRESO HOJE PELA PF, AUDITOR DA RECEITA TEVE AUMENTO DE PATRIMÔNIO EM R$ 14 MILHÕES

O PATRIMÔNIO DO CASAL FOI DE R$ 344 MIL PARA R$ 14 MILHÕES

MARCELO FISCH FOI CHEFE DE FISCALIZAÇÃO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL. (FOTO: EBC)


Preso preventivamente nesta sexta-feira (3) pela Polícia Federal na Operação Esfinge, juntamente com sua mulher, o auditor-fiscal e ex-chefe de Fiscalização da Receita Federal Marcelo Fisch teve um aumento em seu patrimônio pessoal de R$ 14 milhões entre 2009 a 2013.

Segundo relatórios apreendidos na Operação Vício, em 2015, que deu desdobramento para a Esfinge, entre 2009 a 2013 uma empresa registrada no nome da mulher de FIsch, Mariangela Defeo Menezes, recebeu R$ 15 milhões. 

No final de 2008, a empresa suíça Sicpa, com sede no Brasil, foi contratada pela Casa da Moeda, numa parceria com a Receita, para implantar o sistema Sicobe, que realiza a medição de produção de bebidas frias, como refrigerantes e cervejas. A empresa foi contratada sem licitação, por cerca de R$ 1 bilhão ao ano.

A PF suspeita de que Marcelo Fisch, que é irmão do delegado da PF Rômulo Fisch, direcionou a concorrência para que a firma vencesse.

Segundo a Procuradoria, a mulher de Fisch tinha um rendimento anual de aproximadamente R$ 50 mil entre 2005 e 2006. Em 2009, após o acerto, ela abriu uma consultoria. 
Os documentos mostram que, entre 2009 e 2013, os valores recebidos pela empresa de Mariangela foram de R$ 432 mil, R$ 2,52 milhões, R$ 3,45 milhões, R$ 4,51 milhões e R$ 4,1 milhões.

Em 2006, o patrimônio declarado do casal era de R$ 344 mil. Em 2013, ele aumentou para R$ 14,355 milhões.

Fisch, principal alvo das duas operações, seria homem de confiança de Jorge Rachid durante sua passagem como secretário do fisco, encerrada em 2008. 
Quando Rachid voltou ao cargo, em janeiro deste ano, promoveu Fisch a chefe da divisão da área onde a PF e o Ministério Público Federal suspeitam de ter havido fraude.


03 de junho de 2016
diário do poder

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