"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

FRAUDE EM R$ 6 BILHÕES

PF DESARTICULA QUADRILHA QUE FRAUDOU E ROUBOU A CASA DA MOEDA
PF PRENDE DOIS PELO AFANO NO ÓRGÃO DO MINISTÉRIO DA FAZENDA

CERCA DE 30 POLICIAIS FEDERAIS E 12 SERVIDORES DA CORREGEDORIA GERAL DO MINISTÉRIO DA FAZENDA CUMPREM OS MANDADOS. (FOTO: PF)


A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (3/6) a Operação Esfinge, com o objetivo de desarticular uma quadrilha que praticou fraudes em licitações, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro na Casa da Moeda, com sede no Rio de Janeiro, que integra a estrutura do Ministério da Fazenda. 
São investigadas fraudes em contratos que movimentaram mais de R$ 6 bilhões, incluindo uma licitação da Casa da Moeda. A PF estima que o grupo movimentou cerca de R$ 70 milhões. Tudo em propina.

Cerca de 30 policiais federais e 12 servidores da Corregedoria Geral do Ministério da Fazenda cumprem, em São Paulo e Brasília, 2 mandados de prisão preventiva e 5 mandados de busca e apreensão, em escritórios e residências dos integrantes do grupo criminoso. 
Os mandados foram expedidos pela 8ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. A ação está sendo realizada em conjunto com Ministério da Fazenda e o Ministério Público Federal.

As prisões preventivas foram decretadas em desfavor de um auditor-fiscal da Receita Federal do Brasil e de sua esposa. Os dois foram indiciados e denunciados por crimes de corrupção ativa e passiva.

Um outro alvo da operação é um escritório de consultoria. Ele recebeu cerca de R$ 70 milhões de uma empresa investigada por fraude à licitação na Casa da Moeda. 
As investigações apontam que esse escritório recebeu o valor, sem prestar os serviços contratados. 
Além disso, teria servido de fachada para intermediar o pagamento de propina aos envolvidos no esquema.
Também foi investigada, por suspeita de fraude, uma licitação da Casa da Moeda.

De acordo com a PF, o faturamento desse contrato, nos últimos seis anos, ultrapassou a cifra de R$ 6 bilhões. 
O objeto contratado era o Sistema de Controle da Produção de Bebida (SICOBE). 

Este tem por previsão a instalação de equipamentos contadores de produção, nas linhas de produção de bebidas frias (cervejas, refrigerantes, sucos, águas minerais e outras). O sistema também realiza o controle, registro, gravação e transmissão dos quantitativos, e os remete à Receita Federal, para fins de tributação.

A Operação Esfinge é um desdobramento da Operação Vícios da PF, que no ano passado cumpriu mandados de busca em 23 endereços ligados aos investigados, incluindo gabinetes do edifício sede da Receita Federal, em Brasília, e na Casa da Moeda do Brasil.



03 de junho de 2016
Elijonas Maia
diário do poder

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