Quando se esperava a ascensão de um governo que passasse o país a limpo e reanimasse as novas gerações, o que se vê é justamente o contrário. Está havendo uma surpreendente reação contra o pedido de prisão de quatro caciques do PMDB.
O domínio do fato e o conjunto da obra não deixam margem a dúvidas – a esmagadora maioria dos integrantes da chamada classe política não apoia a Operação Lava Jato.
Pelo contrário, o grande objetivo seria passar uma borracha e apagar esse impressionante trabalho que une a Polícia Federal, a Procuradoria da República e a Magistratura, através da extraordinária atuação dos juízes Sérgio Moro (Lava Jato), Valisney de Souza Oliveira (Zelostes) e Ricardo Soares Leite (Acrônimo). Mas isso é uma ilusão, porque o processo de moralização da política é irreversível.
UMA ETERNA DUALIDADE
Como acontece em toda democracia, no Brasil deveria estar ocorrendo uma alternância de poder entre oposição e situação, mas não é isso que se constata. A política nacional está hoje dividida entre os que apoiam a Lava Jato e os que tudo fazem para neutralizá-la. Esta situação está cada vez mais clara, não há mais como contestá-la.
Não existe nada de novo, a vida é mesmo assim, uma eterna dualidade. Mas é desalentador saber que a imensa maioria dos parlamentares está contra o aprimoramento da atividade política, meta a ser alcançada a partir dos efeitos da operação Lava Jato.
O GOVERNO PROTEGE CUNHA
O maior exemplo é que seis meses já se passaram e o Conselho de Ética da Câmara ainda não conseguiu aprovar o parecer que pede a cassação do deputado Eduardo Cunha, que estava se tornando o segundo nome da linha sucessória da Presidência da República, circunstância que até obrigou o Supremo a reinterpretar a lei para conseguir afastá-lo.
A situação é patética e o presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), que é da base aliada, teve de vir a público nesta quarta-feira para denunciar que o governo de Michel Temer está pressionando para inocentar Cunha.
DE QUE LADO TEMER ESTÁ?
UMA ETERNA DUALIDADE
Como acontece em toda democracia, no Brasil deveria estar ocorrendo uma alternância de poder entre oposição e situação, mas não é isso que se constata. A política nacional está hoje dividida entre os que apoiam a Lava Jato e os que tudo fazem para neutralizá-la. Esta situação está cada vez mais clara, não há mais como contestá-la.
Não existe nada de novo, a vida é mesmo assim, uma eterna dualidade. Mas é desalentador saber que a imensa maioria dos parlamentares está contra o aprimoramento da atividade política, meta a ser alcançada a partir dos efeitos da operação Lava Jato.
O GOVERNO PROTEGE CUNHA
O maior exemplo é que seis meses já se passaram e o Conselho de Ética da Câmara ainda não conseguiu aprovar o parecer que pede a cassação do deputado Eduardo Cunha, que estava se tornando o segundo nome da linha sucessória da Presidência da República, circunstância que até obrigou o Supremo a reinterpretar a lei para conseguir afastá-lo.
A situação é patética e o presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), que é da base aliada, teve de vir a público nesta quarta-feira para denunciar que o governo de Michel Temer está pressionando para inocentar Cunha.
DE QUE LADO TEMER ESTÁ?
Já que Michel Temer é professor de Direito Constitucional, com importantes obras publicadas, poder-se-ia dar a ele o chamado “benefício da dúvida”. Mas será que merece? Afinal, de que lado ele está? Será que realmente apoia a moralização da política?
Os fatos concretos indicam que não, pois sua solidariedade a políticos envolvidos na Lava Jato causa crescente estranheza. Esperava-se que se tornasse um novo Itamar Franco, mas Temer insiste em se comportar como uma versão reprisada do incompetente e corrupto José Sarney.
Diante dessa situação deprimente, o ex-deputado e ex-governador Francelino Pereira deveria repetir a pergunta: “Que país é esse?”. Qualquer um então poderia lhe responder que continua a ser o país de impunidade.
TEMER TAMBÉM PASSARÁ
Como tudo na vida, é claro, Temer também passará. E se não mudar de atitude com a máxima urgência, acabará sendo lembrado de forma altamente negativa, como seus três antecessores – FHC, Lula e Dilma.
Mas e os jovens integrantes da Polícia Federal, da Procuradoria da República e da Magistratura Federal? Com toda certeza, estes brasileiros serão eternamente homenageados, por terem dado ao país uma extraordinária lição de vida, ao demonstrar que a atual podridão dos três Poderes da República um dia poderá ser revertida, para que as novas gerações usufruam de um país melhor. Caso contrário, mergulharemos no caos.
Os fatos concretos indicam que não, pois sua solidariedade a políticos envolvidos na Lava Jato causa crescente estranheza. Esperava-se que se tornasse um novo Itamar Franco, mas Temer insiste em se comportar como uma versão reprisada do incompetente e corrupto José Sarney.
Diante dessa situação deprimente, o ex-deputado e ex-governador Francelino Pereira deveria repetir a pergunta: “Que país é esse?”. Qualquer um então poderia lhe responder que continua a ser o país de impunidade.
TEMER TAMBÉM PASSARÁ
Como tudo na vida, é claro, Temer também passará. E se não mudar de atitude com a máxima urgência, acabará sendo lembrado de forma altamente negativa, como seus três antecessores – FHC, Lula e Dilma.
Mas e os jovens integrantes da Polícia Federal, da Procuradoria da República e da Magistratura Federal? Com toda certeza, estes brasileiros serão eternamente homenageados, por terem dado ao país uma extraordinária lição de vida, ao demonstrar que a atual podridão dos três Poderes da República um dia poderá ser revertida, para que as novas gerações usufruam de um país melhor. Caso contrário, mergulharemos no caos.
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