"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

COMO JANOT JÁ DENUNCIOU LULA, O EX-PRESIDENTE DEVE SER JULGADO POR SÉRGIO MORO


Charge do Migue, reprodução do Jornal do Comércio (PE)










Recordar é viver: o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ofereceu no dia 3 de maio uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato. O petista foi assim incluído no inquérito que investiga o senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) na tentativa de evitar a delação premiada do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró.
Na época, Janot apresentou um aditamento à denúncia já oferecida ao STF contra Delcídio, seu assessor, Diogo Ferreira, o banqueiro André Esteves e o ex-advogado de Cerveró, Edson Ribeiro por tentarem comprar o silêncio do ex-diretor da estatal.  No aditamento, o procurador-geral da República inclui, além de Lula, o pecuarista José Carlos Bumlai e seu filho, Maurício.
“NOVOS CONTORNOS”
De acordo com Janot, os áudios captados pelo filho de Cerveró, Bernardo, deram “novos contornos” às investigações, e foi possível constatar que Lula, Bumlai e Maurício também atuaram na compra do silêncio de Cerveró “para proteger outros interesses, além daqueles inerentes a Delcídio e a André Esteves”.
O inquérito em questão tramita sob sigilo na Suprema Corte e não se sabia da inclusão de Lula no processo. A denúncia original foi oferecida em dezembro do ano passado ao STF e apura a tentativa do grupo de embaraçar as investigações da Lava Jato.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Em tradução simultânea, como não há nenhum acusado com foro privilegiado, o processo de Lula deve mesmo ser enviado à 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, nas mãos do juiz Sérgio Moro. A não ser, é claro, que o ministro-relator Teori Zavascki invente um macete de valete e dama para requisitar o processo para sua competência. Vamos aguardar, porque já se passaram cinco semanas e o inquérito continua parado em Brasília. (C.N.)
09 de junho de 2016
Gustavo Aguiar
Estadão

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