Aliados do presidente Michel Temer o convenceram a fazer a exposição em rede nacional sobre o real alcance da crise econômica causada pelas gestões dos governos do PT. Eles avaliam como crucial a iniciativa de o presidente ir a público fazer o contraponto à gestão de Dilma. Há um entendimento de que expor a “terra arrasada” deixada pelo PT pode ajudá-lo a conter focos de insatisfação em parcela da sociedade e a convencer população e o Congresso sobre a urgência de medidas para tirar as finanças públicas do atoleiro. Temer ainda não se convenceu sobre o formato mais adequado para fazer o anúncio.
Os ministros Romero Jucá (Planejamento) e Henrique Meirelles (Fazenda) trabalhavam para fechar o diagnóstico das contas. Na avaliação dos assessores de Temer, o rombo fiscal é a situação mais crítica. O levantamento, a cargo de Meirelles e Jucá, será importante para azeitar a votação da redução da meta fiscal de 2016, nos próximos dias. Será a primeira grande batalha do governo Temer no Congresso.
TCU INVESTIGA DILMA
Outra frente para devassar o final do governo de Dilma Rousseff foi aberta pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O órgão de fiscalização auxiliar do Congresso já iniciou duas frentes de apuração que podem causar mais problemas para Dilma e seus auxiliares. Numa delas, será avaliado se a petista desrespeitou a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) em 2016.
O governo petista ampliou limites de desembolso a ministérios e a operações de empréstimos após ter realizado, em março, um contingenciamento de R$ 21,2 bilhões, elevando a R$ 44,6 bilhões o volume de despesas discricionárias (não obrigatórias) bloqueadas no Orçamento deste ano.
SEGREDO DE JUSTIÇA
Essa apuração corre sob segredo de Justiça, assim como uma outra, destinada a analisar nomeações realizadas nos dias que antecederam o afastamento de Dilma do Palácio do Planalto. Um exemplo disso foi a nomeação de membros do Conselho Nacional de Educação (CNE) antecipada em dois meses para garantir assentos no órgão antes que o PT fosse afastado do governo.
O CNE é ligado ao Ministério da Educação, pasta até o início do mês comandada por Aloizio Mercadante, um dos mais próximos aliados de Dilma. Uma das iniciativas de Mercadante, no final da gestão, foi suspender novas inscrições do Programa Bolsa Permanência, como forma de desgastar o novo governo, junto a estudantes de universidades federais em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Os últimos dias da gestão de Dilma Rousseff foram tenebrosos, sempre objetivando boicotar qualquer possibilidade de êxito da administração partilhada por Temer e Meirelles. Esses atos são verdadeiramente criminosos e revelam o primarismo do PT, pois seria impossível manter em essa sujeirada, que acabaria vindo à tona, como realmente já ocorreu. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Os últimos dias da gestão de Dilma Rousseff foram tenebrosos, sempre objetivando boicotar qualquer possibilidade de êxito da administração partilhada por Temer e Meirelles. Esses atos são verdadeiramente criminosos e revelam o primarismo do PT, pois seria impossível manter em essa sujeirada, que acabaria vindo à tona, como realmente já ocorreu. (C.N.)
22 de maio de 2016
Débora Bergamasco
IstoÉ
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