"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 31 de maio de 2016

ESTUDO PIONEIRO REÚNE A GENEALOGIA DOS TITULARES DO IMPÉRIO NO VALE DO CAFÉ


A Fazenda Paraizo é uma das relíquias da era dos barões do café 


















Pela primeira vez, um estudo traça a genealogia do elenco completo dos titulares da Monarquia que ajudaram a transformar o vale do rio Paraíba do Sul na região mais rica do Brasil, graças à cultura cafeeira. Ao todo 124 membros da nobreza brasileira – 90 barões, 23 viscondes, seis condes e cinco marqueses – foram identificados ao longo de pouco mais de um ano de pesquisas do historiador José Roberto Vasconcelos Nunes, que acaba de lançar o livro “Titulares do Império no Vale do Café”.
Entre os barões que figuram no livro está Pedro Corrêa e Castro, Barão de Tinguá, que nunca se casou, mas viveu em um palacete, na cidade fluminense de Vassouras, ao lado de Laura, uma ex-escrava africana, com quem teve vários filhos que reconheceu em testamento, tornando-os herdeiros de sua grande fortuna.
Outro citado na obra foi Francisco Paulo de Almeida, o único negro elevado a titular do Império, com o título de Barão de Guaraciaba e que teve grande descendência. Começou sua vida como tropeiro, tendo constituído imensa fortuna, como proprietário de fazendas de café, luxuosos palacetes em Petrópolis e no Rio de Janeiro e sócio de diversos bancos.
O HISTORIADOR
O escritor, nascido em 1969, natural da cidade de Três Rios, é resultado de uma combinação genealógica interessante: se pelo lado paterno é oriundo de uma família de escultores, pintores e fotógrafos, pelo materno descende de historiadores, jornalistas e jurisconsultos.
Apaixonado por História e ciências afins, José Roberto tem se dedicado notadamente à investigação genealógica e ao estudo e difusão do patrimônio heráldico, especialmente o brasileiro e ibero-americano. Detentor da láurea concedida pela Instituto Histórico e Cultural Pero Vaz de Caminha, de São Paulo, tem alguns de seus livros adquiridos pela Biblioteca do Congresso norte-americano,em Washington,  em razão da “relevância para a História e Cultura brasileiras”.
SINOPSE
Nenhuma outra parte do vasto território brasileiro concentrou, em diminuta porção geográfica, tão numerosos titulares de nossa monarquia quanto o vale do rio Paraíba do Sul, em seu trecho na outrora Província do Rio de Janeiro.
Por sua vinculação à monocultura cafeeira, de vasta produção e importância econômica para o Brasil ao longo do século XIX, fez dos fazendeiros fluminenses os súditos mais ricos do Império. Sua riqueza, importância política e serviços prestados por muitos ao Estado e a sociedade, fizeram dos cafeicultores titulares da Monarquia.
A região do vale do Paraíba do Sul, pelo processo de efetiva ocupação de seu território rural e vinculação inicial de seu elevado desenvolvimento econômico baseado na grande lavoura cafeeira, acrescido do fato de possuir um legado arquitetônico histórico e artístico vinculado às grandes sedes de fazendas, igrejas e elegantes palacetes urbanos, há muito é objeto de interesse dos historiadores.

31 de maio de 2016
José Carlos Werneck

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