A mídia petista, infiltrada na internet e nas redações, está espalhando que há possibilidade de Dilma conseguir votos suficientes no Senado para voltar ao poder. Seus assessores contam essas lorotas para ela, que logo acredita, dá entrevistas e tudo o mais. Mas a realidade é muito diferente.
Se estivéssemos na Inglaterra, onde se aposta em tudo, as cotações de Dilma seriam baixíssimas, embora sempre pudessem aparecer otários dispostos a arriscar que ela ainda tem chances de reverter a situação.
DE CANETA EM RISTE
Na votação do Senado, em abril, Dilma não estava sozinha, pois Lula se mudou para Brasília com o plano de comprar votos e acabou sendo derrotado junto com ela. Como se fosse uma versão feminina de Dom Quixote, acompanhada de um Sancho Pança velho e pinguço, Dilma Rousseff então saiu com a caneta em riste para a agradar seus supostos aliados. Precisava apenas de 28 votos, mas só conseguiu 22.
Agora, como dizia Carlos Drummond de Andrade, a festa acabou, Lula não há mais e a caneta ficou sem tinta. Dilma prometeu percorrer o país para derrubar Temer, mas ninguém a convida mais para nada, ela só foi recentemente a Belo Horizonte porque o evento dos blogueiros petistas já estava marcado há vários meses. O jatinho continua à disposição, mas não há plano de voo.
O pior é que a ida a Minas foi um fracasso. O governador Fernando Pimentel, envolvido na corrupção e prestes a ser afastado do cargo, nem compareceu. Deprimido e prestes a cair nas malhas do juiz Sérgio Moro, Lula também não foi. Dilma ficou praticamente sozinha.
JÁ EXISTE CONSENSO
Quando a seu sucessor Michel Temer, já deu até soco na mesa, mas demonstra ser um presidente fraco. Deveria seguir o exemplo de Itamar, mas está tropeçando nas próprias pernas. Não soube dizer não ao PMDB, nomeou ministros indevidos, as crises se sucedem, mas é um homem de muita sorte, porque no Congresso já existe consenso de que Dilma Rousseff não serve para governar. Sua incompetência é diretamente proporcional à arrogância, trata-se de uma pessoa verdadeiramente insuportável.
Todos sabem também que ela está com graves problemas de saúde, com diagnóstico de esquizofrenia, vive à base de remédios fortíssimos, conforme reportagem de Débora Bergamasco, que vem a ser mulher do advogado de Dilma, o ex-ministro José Eduardo Cardozo, vejam se pode existir melhor informante. Por isso, apenas PCdoB, PSOL e PDT (dividido) continuam apoiando o exército Brancaleone do PT.
SEM A MENOR CHANCE
Sem a caneta e o Sancho Pança pinguço, na próxima votação do impeachment Dilma não tem a menor chance, não chega nem aos 22 votos da primeira fase do processo. O presidente Temer pode continuar indeciso, nomeando errado, nada disso interessa. Ele sabe que somente poderá ser derrubado pela Justiça Eleitoral, que não parece disposta a alimentar a fogueira da crise institucional, sejamos realistas.
Há duas semanas, Dilma tentou reunir os 22 senadores que votaram a favor dela, marcou um jantar, nem todos compareceram. Na festa, ela estava dopada pelos medicamentos, parecia aérea, deixou péssima impressão, segundo o jornalista Ilimar Franco, de O Globo, que não foi desmentido.
NOVO FRACASSO
Na semana passada, Dilma esqueceu que já tinha reunido os senadores aliados e mandou convidá-los para um novo jantar, na terça-feira, quando todos eles estavam em Brasília. Dos 22, desta vez só apareceram 12 senadores, que encontram uma Dilma arrasada, olheiras profundas, com aquele raciocínio tatibitate.
Para desespero do PT, o problema é este. Dilma não tem a menor condição de voltar ao governo. É por isso que Lula já jogou a toalha. Desde a festa do 1º de Maio em São Paulo, ele tem faltado aos mais importantes eventos programados pelo PT. A própria Dilma chegou a admitir que, se fosse afastada pelo Senado em abril, seria “uma carta fora do baralho”. E não deu outra. Temer é mesmo um homem de sorte.
31 de maio de 2016
Carlos Newton
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