"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 5 de abril de 2016

INSTITUTO LULA TEM ATÉ DOADORES INEXISTENTES, SEGUNDO A RECEITA



Charge do Sponholz (sponholz.arq.br)


















Construtoras pioneiras em negócios na África, produtora de cinema, bancos e universidade. Entre as 23 empresas que financiaram as atividades do Instituto Lula, além de grandes construtoras envolvidas na Operação Lava Jato, estão grandes empresários íntimos do poder federal e doadores tradicionais de campanhas eleitorais.
Os dados estão na quebra de sigilo do instituto, que foi anexada a um inquérito da Lava Jato que agora está no Supremo Tribunal Federal.
As maiores empreiteiras estão nos primeiros lugares em doações, assim como alguns dos principais bancos do país. Mas também houve doações expressivas de variados setores, como a Brasif, que ganhou notoriedade neste ano no caso de um pagamento à ex-amante do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o grupo Objetivo/Unip (Universidade Paulista).
“SUBSIDIÁRIAS”
A faculdade fez doações por meio de sua editora, a Sol Soft’s. O uso de um braço menos conhecido de um conglomerado também foi usado pelo banco Safra.
A Paic Participações, do empresário Abílio Diniz, contribuiu com R$ 2 milhões. Outra doadora foi a Fundação Brava, idealizada por Carlos Alberto Sicupira, um dos donos da Ambev e um dos brasileiros mais ricos na lista da revista “Forbes”.
Os dados das finanças se referem ao período de 2011 a 2014. O total doado ao instituto no período foi de R$ 34, 9 milhões. Ao deflagrar em março a fase Aletheia da Lava Jato, que tinha Lula como alvo, os investigadores levantaram suspeitas sobre as doações feitas ao instituto e afirmaram que a entidade pode ter recebido recursos de propina de empreiteiras com atuação na Petrobras.
NEGÓCIOS NA ÁFRICA
Empresas com negócios na África também procuraram o instituto para doações, como a Asperbras. Um dos principais focos do instituto do ex-presidente é a integração do Brasil com países africanos. A ARG Ltda, que doou R$ 1 milhão, atua na Guiné Equatorial desde 2007, onde constrói estradas. Em 2011, Lula visitou o país como representante da presidente Dilma Rousseff. O país é governado pelo ditador Teodoro Obiang desde 1979.
Na lista de doadores também há nomes não identificados pela Receita Federal, como “Hospital de Clínicas” e “Lets Câmbio Prêmio”.
Há ainda entre doadores uma produtora de cinema, a Movie & Art, de São Paulo. Um projeto de documentário sobre o movimento sindical no país motivou o pagamento de R$ 230 mil, feito em 2014. A empresa buscava uma “aproximação” com a entidade do petista, de acordo com o produtor Paulo Dantas.
A ideia era usar no filme materiais do acervo do instituto, como imagens de arquivo. O projeto não saiu do papel e agora está congelado diante da crise política.
EmpresasValores
Camargo Corrêa4,75
Odebrecht4,67
Queiroz Galvão3
OAS2,78
Andrade Gutierrez2,78
J&F Investimentos – Controladora do JBS-Friboi2,5
Paic Participações – Empresa da família de Abílio Diniz2
Bradesco1,5
Sercom Comércio e Serviços – Empresa ligada ao banco Safra1,40
Editora Sol/Sistema Integrado – Objetivo/ Unip1,1
Santander1,04
Empreiteira ARG1
Itaú/Unibanco1
BTG Pactual1
Hospital de Clínicas

05 de abril de 2016
Felipe Bächtold
Folha
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