Na última terça-feira, Ciro Gomes, presidente da Transnordestina, concedeu uma lúcida entrevista ao programa Espaço Público, da TV Brasil, na qual tratou de diversos temas, especialmente sobre o atual imbróglio político brasileiro.
Com a experiência de quem já foi deputado estadual, prefeito de Fortaleza, governador do Ceará, deputado federal, ministro da Fazenda no Governo Itamar Franco e ministro da Integração Nacional no primeiro Governo Lula, Ciro Gomes defende atualmente a democracia brasileira e, com sua oratória certeira e corajosa, enriquece o debate político do Brasil que anda por demais carente de figuras proeminentes.
A grande maioria dos brasileiros tem toda razão para estar decepcionada com a política, mas não há outro caminho para melhorar o Brasil e tirar o país da situação em que se encontra que não seja pela própria política, pelo exercício firme e moral da boa política.
Na entrevista, Ciro Gomes contou detalhes dos bastidores que impôs o nome de FHC para suceder Itamar Franco na Presidência da República. Tasso Jereissati, político cearense, seria o candidato natural do PSDB, mas articulações levaram ao nome do sociólogo paulista.
Ciro Gomes fez duras críticas ao comportamento de FHC e de Lula, que na sua avaliação não exercem a liderança que deveriam exercer, não se resguardam e ficam opinando sobre questões irrelevantes. Para Ciro Gomes, Lula foi um dos três maiores presidentes que o Brasil já teve. Mas não está sabendo preservar a sua biografia.
Ciro Gomes ainda falou da diferença brutal entre o ex-presidente Collor, que sofreu um processo deimpeachment, e a onda golpista de direita contra a presidente Dilma que assola o país hoje em dia. E deu como exemplo que todas as entidades representativas (OAB, CUT, UNE, entre outras) da sociedade brasileira defendiam na época a saída de Fernando Collor da presidência e que agora nenhuma delas defende a saída da presidente Dilma.
Eduardo Cunha, o atual Presidente da Câmara dos Deputados, representa um câncer para a política nacional, salienta Ciro Gomes. E que os valores movimentados em contas secretas nos bancos suíços, oriundos de suborno da Petrobras, são infinitamente maiores do que os cinco milhões de dólares revelados recentemente pelo Ministério Público da Suíça.
E, enfaticamente, Ciro Gomes alertou: ou Dilma se liberta do PMDB, recuperando o apoio da sociedade brasileira, ou a presidente não resistirá e acabará caindo.
Disse ainda que os altíssimos juros brasileiros arruínam a economia e só beneficiam os banqueiros do país, que ganham dinheiro de forma exorbitante, enquanto o povo perde o emprego e a renda. Não existe no país estímulo ao setor produtivo.
Por fim, Ciro Gomes afirmou que só aceitaria ser candidato pela terceira vez a presidente da República se fosse para realizar o que a sociedade brasileira espera dos seus líderes: reformas estruturais das áreas política, tributária e previdenciária.
Vale a pena conferir.
06 de novembro de 2015
noticias da paulicéia
Com a experiência de quem já foi deputado estadual, prefeito de Fortaleza, governador do Ceará, deputado federal, ministro da Fazenda no Governo Itamar Franco e ministro da Integração Nacional no primeiro Governo Lula, Ciro Gomes defende atualmente a democracia brasileira e, com sua oratória certeira e corajosa, enriquece o debate político do Brasil que anda por demais carente de figuras proeminentes.
A grande maioria dos brasileiros tem toda razão para estar decepcionada com a política, mas não há outro caminho para melhorar o Brasil e tirar o país da situação em que se encontra que não seja pela própria política, pelo exercício firme e moral da boa política.
Na entrevista, Ciro Gomes contou detalhes dos bastidores que impôs o nome de FHC para suceder Itamar Franco na Presidência da República. Tasso Jereissati, político cearense, seria o candidato natural do PSDB, mas articulações levaram ao nome do sociólogo paulista.
Ciro Gomes fez duras críticas ao comportamento de FHC e de Lula, que na sua avaliação não exercem a liderança que deveriam exercer, não se resguardam e ficam opinando sobre questões irrelevantes. Para Ciro Gomes, Lula foi um dos três maiores presidentes que o Brasil já teve. Mas não está sabendo preservar a sua biografia.
Ciro Gomes ainda falou da diferença brutal entre o ex-presidente Collor, que sofreu um processo deimpeachment, e a onda golpista de direita contra a presidente Dilma que assola o país hoje em dia. E deu como exemplo que todas as entidades representativas (OAB, CUT, UNE, entre outras) da sociedade brasileira defendiam na época a saída de Fernando Collor da presidência e que agora nenhuma delas defende a saída da presidente Dilma.
Eduardo Cunha, o atual Presidente da Câmara dos Deputados, representa um câncer para a política nacional, salienta Ciro Gomes. E que os valores movimentados em contas secretas nos bancos suíços, oriundos de suborno da Petrobras, são infinitamente maiores do que os cinco milhões de dólares revelados recentemente pelo Ministério Público da Suíça.
E, enfaticamente, Ciro Gomes alertou: ou Dilma se liberta do PMDB, recuperando o apoio da sociedade brasileira, ou a presidente não resistirá e acabará caindo.
Disse ainda que os altíssimos juros brasileiros arruínam a economia e só beneficiam os banqueiros do país, que ganham dinheiro de forma exorbitante, enquanto o povo perde o emprego e a renda. Não existe no país estímulo ao setor produtivo.
Por fim, Ciro Gomes afirmou que só aceitaria ser candidato pela terceira vez a presidente da República se fosse para realizar o que a sociedade brasileira espera dos seus líderes: reformas estruturais das áreas política, tributária e previdenciária.
Vale a pena conferir.
06 de novembro de 2015
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