Se não tiver mudado de opinião ontem à noite, Eduardo Cunha convocará, hoje, a imprensa para apresentar sua defesa no processo aberto no Conselho de Ética da Câmara para cassar-lhe o mandato por quebra de decoro.
Eduardo é acusado de ter mentido aos seus pares ao negar em depoimento na CPI da Petrobras que tivesse contas bancárias no exterior. A Justiça Suíça mandou à brasileira farta documentação sobre quatro contas que Eduardo tinha por lá.
Ele negará que teve. Dirá que apenas foi beneficiário de contas abertas por um fundo onde aplicou o dinheiro ganho nos anos 80 com venda de carnes para países da África. Se as contas não estavam em seu nome, portanto ele não mentiu à CPI. Simples assim.
Quanto aos 1,3 milhão de francos suíços depositados por um delator da Lava Jato em conta na Suíça onde ele aparece como beneficiário: era um dinheiro que o ex-deputado Fernando Diniz, que já morreu, lhe devia. Foi o filho de Diniz que pagou via o delator.
Como o filho de Diniz soube que Eduardo era beneficiário de conta na Suíça? E como conseguiu localizá-la? Bem: alguma explicação deverá ser providenciada. Beneficiário ou dono de conta, Eduardo não declarou que tinha dinheiro lá fora. E era obrigado a fazê-lo.
Mas isso não interessa a Eduardo discutir no momento. Só lhe interessa provar que não mentiu. E ser absolvido pelo Conselho de Ética. Mais adiante, na Justiça, enfrentará a questão tributária, a questão penal ou qualquer outro tipo de questão.
Não importa para Eduardo que sua defesa no Conselho de Ética não seja das mais convincentes. Foi a melhor defesa que ele pode providenciar com a ajuda de uma equipe caríssima de advogados. E ela pode servir de pretexto para sua absolvição.
O Conselho é formado por 21 deputados. Muitos, entre eles, são amigos de Eduardo ou lhe devem favores. Suplicam por um motivo razoável para votar a favor de Eduardo. Se ele lhes oferecer um bom motivo... Pois é.
Eduardo é acusado de ter mentido aos seus pares ao negar em depoimento na CPI da Petrobras que tivesse contas bancárias no exterior. A Justiça Suíça mandou à brasileira farta documentação sobre quatro contas que Eduardo tinha por lá.
Ele negará que teve. Dirá que apenas foi beneficiário de contas abertas por um fundo onde aplicou o dinheiro ganho nos anos 80 com venda de carnes para países da África. Se as contas não estavam em seu nome, portanto ele não mentiu à CPI. Simples assim.
Quanto aos 1,3 milhão de francos suíços depositados por um delator da Lava Jato em conta na Suíça onde ele aparece como beneficiário: era um dinheiro que o ex-deputado Fernando Diniz, que já morreu, lhe devia. Foi o filho de Diniz que pagou via o delator.
Como o filho de Diniz soube que Eduardo era beneficiário de conta na Suíça? E como conseguiu localizá-la? Bem: alguma explicação deverá ser providenciada. Beneficiário ou dono de conta, Eduardo não declarou que tinha dinheiro lá fora. E era obrigado a fazê-lo.
Mas isso não interessa a Eduardo discutir no momento. Só lhe interessa provar que não mentiu. E ser absolvido pelo Conselho de Ética. Mais adiante, na Justiça, enfrentará a questão tributária, a questão penal ou qualquer outro tipo de questão.
Não importa para Eduardo que sua defesa no Conselho de Ética não seja das mais convincentes. Foi a melhor defesa que ele pode providenciar com a ajuda de uma equipe caríssima de advogados. E ela pode servir de pretexto para sua absolvição.
O Conselho é formado por 21 deputados. Muitos, entre eles, são amigos de Eduardo ou lhe devem favores. Suplicam por um motivo razoável para votar a favor de Eduardo. Se ele lhes oferecer um bom motivo... Pois é.
06 de novembro de 2015
Ricardo Noblat
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