"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

CATIMBA CONTRA CATIMBA; A NOVA TÁTICA DA OPOSIÇÃO PELO IMPEACHMENT DE DILMA

A receita da impunidade no meio jurídico brasileiro costuma exigir apenas dois passos simples: explorar ao máximo todos os prazos possíveis; com o tempo ganho, buscar nulidades no processo. É basicamente o que Dilma vem fazendo em todos as esferas possíveis para se manter no poder. Somente junto ao TCU, a defesa da presidente conseguiu um semestre inteiro até que suas contas fossem finalmente rejeitadas. Com a chegada da documentação ao Senado, mais quatro meses foram conquistados junto a Renan Calheiros. 
Mas o PT está prestes a provar do próprio veneno.

Dilma Rousseff | Foto: Agência Brasília

A nova estratégia da oposição é, a exemplo do governo, “catimbar” ao máximo as votações de interesse de Dilma. Diz o Painel da Folha, o alvo seria a mudança na meta fiscal de 2015, que já se aproxima de uma correção pra baixo de quase R$ 170 bilhões. Caso seja empurrada para 2016, o Planalto infringiria as leis Orçamentária e de Responsabilidade Fiscal, justificando, assim, a abertura de processo de impeachment já no início de 2016.

Força para vencer no Congresso, o governo vem provando só possuir junto ao Senado. De fato a oposição tem chance de sair bem sucedida, apesar de a nova tática fortalecer as acusações de que a presidente estaria sofrendo um golpe. Mas ainda há o risco de um novo balcão de negócios ser aberto em Brasília e mais uma vez os cofres públicos serem usados para salvar a petista.

Quando se anuncia com muita antecedência uma estratégia do tipo, costuma-se dar tempo para o governo se articular e anulá-la. Mas a alternativa pode servir para manter viva a “chama” do impeachment num período em que a política naturalmente esfria com festas de fim de ano e recesso parlamentar.


06 de novembro de 2015
implicante

Nenhum comentário:

Postar um comentário