A história dos partidos políticos brasileiros, até o ocaso da ditadura militar de 1964, foi forjada sempre por elites preocupadas apenas com a sua autopreservação e nunca com o objetivo de formar cidadãos. A criação da maioria dos partidos políticos passa longe dos ideais republicanos e até mesmo da utopia de se alcançar uma sociedade livre dos traços colonialistas.
Então, é chegada a hora, em meio à grave crise política, econômica e moral, de apontarmos outro caminho político para o povo brasileiro, disseminando e fortalecendo um movimento amplo e plural pelo Parlamentarismo, que precisa ser modelado às nossas necessidades e voltado ao conjunto de nossa cultura. Sem pressa, mas compreendendo que se esgotou o sistema presidencialista que herdamos desde a implantação da República.
Nosso movimento deve levar em conta que o país tem dimensões continentais e desigualdades regionais profundas, além do pluralismo de nossa diversidade étnico-cultural. Não podemos incorrer nos erros das lutas travadas no passado, desprovidas que foram do objetivo claro de integração e inclusão social.
Os brasileiros não precisam de um “pai da pátria”, mas de líderes legitimados, capazes e comprometidos com a gestão da res publica (coisa pública). Esta é uma proposta ousada, mas digna do desprendimento de homens e mulheres de bem e de visão futurista. É um sonho que representa uma mudança comportamental na vida brasileira e que pode elevar nossa democracia a um patamar de efetiva justiça social e de modernidade.
09 de outubro de 2015
Ednei Freitas
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