"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 5 de setembro de 2015

CRISE MIGRATÓRIA "É PROBLEMA ALEMÃO" - DIZ PREMIÊ DA HUNGRIA


viktor_orban_01Empurrando o problema – O primeiro-ministro da Hungria,Viktor Orban, causou nova controvérsia nesta quinta-feira (3), ao afirmar que a questão dos refugiados “não é um problema europeu, mas um problema alemão”.
“Ninguém quer ficar na Hungria, na Eslováquia, na Polônia ou na Estônia. Todos gostariam de ir à Alemanha. Nosso trabalho é apenas registrá-los”, afirmou o premiê em Bruxelas, antes de uma reunião com outros líderes europeus sobre a crise migratória.
Muitos dos migrantes em Budapeste expressaram o desejo de chegar à Alemanha e gritavam em coro o nome do país durante protestos em frente à estação de trens na capital húngara, durante os dois dias em que tiveram o acesso ao terminal bloqueado por policiais.
Orban disse que o Parlamento húngaro deverá aprovar novas medidas que vão criar uma nova situação legal nas fronteiras, “ainda mais rígida do que já era”. Ao ser indagado se as Forças Armadas serão enviadas para proteger as fronteiras, Orban respondeu apenas que sim.
Sobre a imagem de um menino sírio morto em uma praia da Turquia, que ganhou repercussão mundial e poderá se tornar um símbolo da crise atual, Orban afirmou que este não deve ser um argumento moral válido para que se abram as portas da Europa.
“Se criarmos uma impressão de que ‘venham porque estamos prontos para aceitar a todos’, isso seria um fracasso moral. A atitude mais humana e moral é afirmar com clareza: Por favor, não venham!”, declarou, aconselhando que os refugiados na Turquia deveriam permanecer por lá. “É arriscado chegar até aqui. É melhor para as famílias, para as crianças e para eles mesmos, que eles fiquem”.
O líder conservador de direita rejeitou as críticas a seu governo – considerado autoritário e antidemocrático pelos opositores – referentes à cerca de arames farpados que a Hungria ergueu na fronteira com a Sérvia. Ele disse que os húngaros, assim como os europeus, estão “amedrontados, ao ver que seus líderes não estão aptos a controlar a situação”.
Após reunir-se com o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, Orban declarou que seu país está determinado a aplicar as regras da UE que permitem o bloqueio de pessoas que atravessam a fronteira europeia fora dos postos de controle.
Ideal europeu em risco
A Hungria teme que o fracasso ao tentar controlar os migrantes poderia levar os países vizinhos a reativar os controles de fronteira. “A Hungria fez de tudo para agir de acordo com as regulamentações”, afirmou o primeiro-ministro.
A ministra do Trabalho da Alemanha, Andrea Nahles, rebateu a acusação feita por Orban de que o problema dos refugiados na Hungria seria um problema alemão. “Se não conseguirmos resolver esse problema como sendo da Europa e começarmos a dizer que ‘este é um problema da Alemanha, ou da Suécia, ou da Itália’, então o ideal da Europa será abalado”, afirmou.
Orban também se reuniu com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, que contestou a declaração feita pelo húngaro em artigo publicado nesta quinta-feira no “Frankfurter Allgemeine Zeitung” (FAZ), onde ele afirmava que os migrantes seriam uma “ameaça aos valores cristãos” da Europa.
Tusk pediu uma Europa mais solidária, e disse que para um cristão, “não deveria importar o que a raça, religião ou nacionalidade de uma pessoa necessitada possa representar”. (Com agências internacionais)

05 de setembro de 2015
ucho.info

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