"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

ALCKMIN, O FRÁGIL



Nos últimos dias, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), que é frontalmente contra o impeachment de Dilma pois isto atrapalha seus planos minoritários para 2018 cerrou fileira a favor da causa, da boca para fora, fazendo um jogo duplo infantil. Defende a a saída de Dilma, mas em pequenos convescotes organizados, vem reunindo lideranças para convencê-las de que os motivos como pedaladas fiscais, crimes eleitorais e absoluta falta de gestão da crise econômica são pequenos para o impedimento da atual presidência. 

É Alckmin, o Frágil, em ação. Segundo o Painel da Folha, reuniu reuniu na noite de quinta oito grandes empresários para discutir o cenário nacional. O governador paulista mostrou pessimismo com a situação econômica e política e disse não ver saída com Dilma Rousseff no cargo. Mas o tucano ainda acredita que falta um motivo para o impeachment. Ele acha que, se Dilma cair por uma razão frágil, como as pedaladas fiscais, há risco para a democracia, pois nenhum governo terá mais segurança jurídica de que terminará o mandato. Mentira, não há nada que justifique esta premissa.

Fagulha Alckmin disse aos empresários que, nesse caso, qualquer crise poderá ser pretexto para tirar do cargo um presidente ou governadores e prefeitos eleitos. Sobre as pedaladas, afirmou que há precedentes da manobra em Estados e municípios. Ou seja: sai em defesa de Dilma e coloca uma ameaça sobre a cabeça dos governadores e prefeitos, fato inédito até aqui, não levantado por nenhum jurista de renome.

Tempo ao tempo Aos comensais Alckmin disse que é necessário “investigar, investigar e investigar”, para que o Congresso decida se os pedidos de impeachment cumprem as exigências constitucionais, e que ainda podem surgir provas a partir das investigações nos fundos de pensão e no BNDES.

No fundo, Alckmin quer empurrar o assunto de barriga, pois sua única chance de ser o presidenciável tucano em 2018 é manter Dilma no poder, contrariando mais de 70% dos brasileiros. Desta vez, Alckmin não vai repetir 2006. Empurrando, não vai.

21 de setembro de 2015
in coroneLeaks

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