"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

POLÍCIA FEDERAL VASCULHA ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA LIGADO AO PT



Bernardo e Gleisi, relações próximas com os advogados
A Polícia Federal fez buscas na manhã desta quinta-feira, 13, no escritório de advocacia Guilherme Gonçalves & Sacha Reck, sediado no centro de Curitiba, que teria recebido R$ 4,64 milhões entre setembro de 2010 e janeiro de 2013 da Consist Software, R$ 1,2 milhão entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014 da SWR Informática, e R$ 423,2 mil entre janeiro de 2012 e abril de 2012 da Consist Business, em todos os casos, a título de ‘honorários advocatícios’.
Segundo a PF, a banca ‘é ligada ao PT, presta serviços ao PT’. O escritório teria ‘relações próximas’ com a senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR) e o ex-ministro Paulo Bernardo (Comunicações/Governo Dilma Rousseff) e atuou na campanha de Gleisi.
O novo esquema gira em torno de empréstimos consignados no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, a partir do acesso de dados relativos a mais de 2 milhões de servidores públicos federais. A organização comandada pelo operador de propinas Alexandre Romano, preso nesta quinta, 13, ‘auferia remuneração decorrente desses serviços’.
QUATRO ESCRITÓRIOS
A PF informou que são quatro os escritórios de advocacia alvo da Pixuleco II, a 18.ª fase da Lava Jato, dois deles situado em Curitiba, supostamente envolvidos no novo esquema descoberto pelas investigações – fraudes com valores de empréstimos consignados no âmbito do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, do qual Paulo Bernardo foi titular entre março de 2005 e janeiro de 2011 (governo Lula).
A PF não atribui a Gleisi e a Paulo Bernardo envolvimento na Pixuleco II. Gleisi é alvo de investigação da Lava Jato na Procuradoria-Geral da República porque, segundo delatores, teria recebido R$ 1 milhão na campanha de 2010.
O esquema descoberto pela Pixuleco II teria sido montado em 2010 e predominou até julho de 2015, segundo rastreamento de pagamentos de propinas inclusive para a viúva do ex-secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento.
Quando foi armado, o esquema beneficiava o ex-secretário de Recursos Humanos do Planejamento, na gestão de Paulo Bernardo, Duvanier Paiva Ferreira, morto em 2013.

14 de agosto de 2015
Ricardo Brandt, Julia Affonso, Fausto Macedo e Andreza Matais
Estadão

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