Quando a esmola é muita, o santo desconfia. É curioso que senhor Calheiros, presidente do Senado, venha a público com uma sacola de propostas atiradas de supetão à distinta plateia.
É interessante notar que o senador não apresentou os projetos ao plenário, caminho habitual. Levou-os diretamente à presidência da República – que não tem incumbência nem poder de aprovar leis. Além disso, a sacola contém projetos velhos, já em tramitação no parlamento.
Fica no ar a quase certeza de que o intuito do nobre eleito não é exatamente encontrar solução para os problemas nacionais. Está mais para abraço de afogados.
Tanto dona Dilma quanto senhor Cunha e senhor Calheiros estão na mira do Ministério Público. Ciente de que a união faz a força, o presidente do Senado – sagaz por natureza – escolheu abraçar a presidente da República. É aliança efêmera e de conveniência.
Cá entre nós: senhor Calheiros deve estar em grande apuro. Hoje em dia, quem se alia a dona Dilma dá sinal de estar no fundo do poço.
14 de agosto de 2015
José Horta Manzano
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