"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

PEPE VARGAS, O BOBO DA CORTE




O atual ministro Pepe Vargas, trocado sem ser demitido, irá para onde a rainha louca mandar. Até hoje só produziu risos nos adversários e aliados.
(Estado) A presidente Dilma Rousseff convidou ontem o titular da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB), para assumir a articulação política do governo, em mais uma tentativa de fechar acordo com o partido aliado para aprovar o ajuste fiscal. A intenção de Dilma é mexer no ministério para conciliar os interesses do PMDB tanto na Câmara como no Senado, onde o Palácio do Planalto enfrenta mais dificuldades para aprovar no Congresso as medidas do ajuste fiscal.

O convite para que Padilha entre no lugar de Pepe Vargas (PT) na Secretaria de Relações Institucionais foi feito perto da hora do almoço desta segunda-feira, 06, após a posse do ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro. À noite, porém, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), demonstrou que o impasse com o partido ainda continuava.

“Se a presidente escolheu (Padilha) por opção dela, parabéns. Da nossa parte, não há indicação desta natureza nem achamos que esta é a razão para melhorar ou piorar a relação com o governo”, disse Cunha, ao sinalizar que o seu indicado para o primeiro escalão é o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Dilma estava ao lado do vice-presidente, Michel Temer, quando fez a sondagem a Padilha, sob o argumento de que precisava da “experiência” dele no Planalto. 

Ex-ministro dos Transportes de Fernando Henrique Cardoso, o titular da Aviação Civil disse que estava “à disposição”, mas nada foi fechado ali. “Estamos fazendo considerações políticas e são necessárias muita consultas para definir as mudanças ministeriais. Houve cogitação, mas não convite. Não tem nada concreto”, amenizou Temer, que se reuniu à noite com Padilha, Alves e com o ex-ministro Moreira Franco, no Planalto. De lá seguiram para o Palácio do Jaburu, onde esperavam o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

O novo formato do “núcleo duro” foi planejado por Dilma para acalmar uma ala do PMDB e não mexer no ministro do Turismo, Vinícius Lages, afilhado político de Renan. Tudo porque, desde que ela aceitou indicar Henrique Eduardo Alves para o Turismo, Renan ampliou as retaliações ao governo no Congresso.

A nomeação de Alves para a cadeira de Lages já estava acertada. Agradou a Cunha, mas contrariou Renan, que não quer o afilhado fora da pasta. Agora, se Padilha aceitar tocar a Secretaria de Relações Institucionais, Dilma calcula que terá um problema a menos, pois pode indicar Alves para Aviação Civil e não mexer em Lages – o que, em tese, deixaria Renan sem motivos para se queixar da mudança no ministério. Outra hipótese seria pôr Lages no lugar de Padilha na Aviação Civil e Alves no Turismo. Tudo, porém, ainda depende de acordo com Renan.

08 de abril de 2015
in coroneLeaks

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