Em 24 horas, Dilma desfilou sua nudez política
A rainha está politicamente nua. Coube ao PMDB puxar os últimos véus que disfarçavam essa nudez política de Dilma Rousseff. Tudo sucedeu no curto intervalo de 24 horas. Bastaram três atos.
Primeiro ato: Depois de passar semanas refugando os conselhos de Lula para que injetasse PMDB na coordenação política do seu governo, Dilma dobrou os joelhos. Sondou o peemedebista Eliseu Padilha sobre a hipótese de trocar o Ministério da Aviação Civil, onde se encontra, pela pasta das Relações Institucionais, que faz a ponte do Planalto com o Congresso. Espanto! Dilma, sempre tão autossuficiente, enxergou o PMDB.
Segundo ato: os caciques do PMDB informaram a Eliseu Padilha que ele não os representaria na coordenação política do governo. Renan Calheiros e Eduardo Cunha, dois espinhos nos sapatos de Dilma, esclareceram que continuariam espetando o governo. Sem suporte, Padilha refugou a oferta de Dilma. Estupefação! O PMDB recusando ministério e como macaco enjeitando banana.
Terceiro ato: Dilma insistiu para que o peemedebista Padilha assumisse a coordenação política. Em vão. Foi como se o rabo balançasse o cachorro. A essa altura, o antigo titular do posto, o petista Pepe Vargas, não havia sido apenas fritado. Virara carvão. Consumado o desnudamento político de Dilma, improvisou-se um tecido precário para recobrir suas debilidades. Informou-se que o vice-presidente Michel Temer, até ontem desprezado, fará as vezes de coordenador político. O único problema é que Dilma vestiu-se com um tecido que é completamente invisível para Renan e Cunha. Assombro!
08 de abril de 2015
josias de souza
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